- Ter, 22 Set 2015 10:56:00 -0300
Prêmio Jovem Cientista - Estudante do ensino médio cria fita que acusa se o leite está contaminado
Quando começou a ouvir notícias sobre venda de leite contaminado, inclusive de marcas famosas, a estudante Joana Pasquali, 17 anos, resolveu investigar e ir atrás de uma solução para o problema. Ela procurou a ajuda da professora de Metodologia Científica, Andréia Michelon Gobbi, do Colégio Mutirão de São Marcos, localizado na região serrana do Rio Grande do Sul, onde estuda. A partir da observação das três fraudes mais comuns em leite do tipo UHT, a estudante se dedicou por sete meses ao desafio. Buscou mais conhecimentos em Química para identificar os reagentes que revelariam a presença de adulteração e criou o invento que lhe garantiu o 1º lugar na categoria Ensino Médio da 28º edição do Prêmio Jovem Cientista.
Batizado de Detectox, o protótipo consiste em uma fita confeccionada com filtro de café embebido com reagentes que indicam, por meio de diferentes cores, a presença de três substâncias: o formol, prejudicial à saúde e utilizado para matar as bactérias do leite; o hidróxido de sódio, que mascara a validade; e o amido, usado para conferir mais consistência ao leite que foi misturado com água. Estes
são os tipos de adulteração mais comuns em leites UHT e por isso Joana resolveu reunir todos os indicadores em um só produto.
"Quando a amostra do leite é colocada na fita, a reação química entre as substâncias gera cores diferentes. O resultado poderá ser interpretado pelo consumidor por meio de um manual comparativo que acompanha o produto", explica Joana.
Estima-se que de todo o leite produzido no Brasil, apenas 66,9% seja fiscalizado, o que eleva as chances de produtos contaminados chegarem às prateleiras dos supermercados. "O objetivo da fita Detectox é auxiliar a população a identificar e denunciar fabricantes de leite UHT adulterados. O manuseio é fácil e o custo da produção artesanal é de R$ 4,31, podendo chegar ao consumidor final por cerca de R$ 6,48", defende Joana, que já apresentou o projeto na Feira de Ciências da escola, despertando muito interesse nos colegas. " Todos queriam um protótipo para testar em casa, quase não tenho mais nenhum", contou.
Com diversos casos de fraudes em bebidas industrializadas, o produto oferece a oportunidade de o consumidor testar as marcas que ingere, podendo evitar problemas de saúde, como a intoxicação, e garantindo, assim, a segurança alimentar e nutricional.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq e parceiros do Prêmio Jovem Cientista
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