- Seg, 03 Dez 2012 18:20:00 -0200
Brasil deve usar pré-sal para construir novo modelo, diz secretário
O Brasil tem de aproveitar a oportunidade trazida pelos recursos do pré-sal para alcançar um novo paradigma de desenvolvimento econômico, no qual deixe de ser exportador de bens primários prioritariamente e se torne potência na produção de conhecimento. Essa foi a mensagem do secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, na abertura do 4º Workshop de Ciência, Tecnologia e Inovação (WCTI), nesta segunda-feira (3), na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O evento na capital fluminense tem o objetivo de contribuir na estruturação de políticas públicas para o desenvolvimento de inovação no Rio.O Brasil tem de aproveitar a oportunidade trazida pelos recursos do pré-sal para alcançar um novo paradigma de desenvolvimento econômico, no qual deixe de ser exportador de bens primários prioritariamente e se torne potência na produção de conhecimento. Essa foi a mensagem do secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, na abertura do 4º Workshop de Ciência, Tecnologia e Inovação (WCTI), nesta segunda-feira (3), na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O evento na capital fluminense tem o objetivo de contribuir na estruturação de políticas públicas para o desenvolvimento de inovação no Rio.
Para se tornar uma economia mais intensiva em tecnologia e, com isso, fugir da reprimarização (volta a uma condição em que a economia depende fortemente de commodities), o país precisa vencer obstáculos de peso, disse o representante do MCTI. Desafios como redução da defasagem científica e tecnológica em relação às nações mais desenvolvidas, expansão e consolidação da liderança na economia do conhecimento, superação da pobreza e redução das desigualdades sociais e regionais. "A chave para a superação é o tripé promoção da inovação, formação e capacitação de recursos humanos e fortalecimento da pesquisa e da infraestrutura", apontou.
A articulação entre os atores do Sistema Nacional de Inovação - ministérios, agências reguladoras, academia, governos estaduais - e a aliança público-privada também foram mencionadas como fatores críticos de sucesso para a construção de uma estrutura industrial direcionada a atividades econômicas intensivas em progresso técnico. "O setor público deve assegurar níveis adequados de pesquisa básica. Os esforços do governo devem ser vistos como complementares e como contribuição à geração de externalidades para as tarefas de pesquisa que, paralelamente, devem ser realizadas pelo setor privado", diz Elias.
Entre outros palestrantes, trataram sobre fomento à economia: o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves; o presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Ruy Marques; o diretor de Engenharias, Ciências Exatas e Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Guilherme Sales Melo; e o representante da Finep - Agência Brasileira da Inovação, vinculada ao MCTI, Alexandre Barragat.
Academia e mercado - A disseminação de uma cultura da inovação é o caminho para se levar o conhecimento desenvolvido em sala de aula para o mercado e as necessidades do mercado para a sala de aula, defendeu a diretora do Departamento de Inovação da Uerj, Marinilza Bruno de Carvalho. De acordo com ela, é preciso acabar com abismos entre estes dois atores, tais como incompatibilidade de prazos entre produção científica nas instituições de ensino superior e tempo do mercado.
"Não podemos perder a qualidade, mas precisamos ser mais ágeis para atender a velocidade do mercado", disse Marinilza. "Os pesquisadores precisam se integrar com as empresas em vez de ficar presos à bancada [do laboratório] puramente."
Texto: Juliana Cariello - Ascom do MCTI
Foto: Davi Fernandes - Ascom do MCTI
Voltar