Histórico

Antártica, o fundo dos oceanos e o espaço cósmico são as três últimas grandes fronteiras da ciência internacional.

Em 1975 o Brasil aderiu ao Tratado da Antártica, e sete anos depois realizou sua primeira expedição ao Continente Austral. O fato representou um grande desafio ao País e a abertura de uma nova fronteira de pesquisa para a comunidade científica nacional, que passou a ter a oportunidade de desenvolver estudos na região.

O grande esforço nacional, científico, logístico e diplomático foi muito bem sucedido, pois ainda em 1983 o Brasil foi elevado à categoria de Parte Consultiva do Tratado, o que significa dizer: membro com direito a voz e voto, integrante de um seleto grupo de apenas 27 países que decide sobre as atividades e o futuro do Continente Branco.

A primeira expedição científica brasileira à Antártica ocorreu no verão austral de 1982/83. Faziam parte da expedição os navios Barão de Teffé, da Marinha do Brasil, e Prof. Wladimir Besnard, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO/USP). Ambas as embarcações foram equipadas com instrumentos científicos e desempenharam um papel fundamental no sucesso da primeira viagem, uma vez que o Brasil ainda não dispunha de uma estação científica na Antártica.

A qualidade do programa científico brasileiro e os resultados daquela expedição contribuíram decidamente para que o Brasil obtivesse seu segundo sucesso imediato ao ser aceito, já em 1984, como membro pleno do Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (sigla em inglês, SCAR), órgão internacional que promove e coordena a ciência antártica.

O Tratado da Antártica e o Protocolo de Madri

O Tratado da Antártica, texto em português, em vigor desde 23 de junho de 1961, reserva a área ao sul do paralelo 60ºS para fins pacíficos e livre pesquisa científica em cooperação internacional, além de proibir atividades militares na região, explosões nucleares e depósito de lixo radioativo. Por esse acordo, os países com atividades no continente se consultam sobre seu uso, sem torná-lo objeto de disputas internacionais.

Assinado inicialmente pelos 12 países que então mantinham empreendimentos na Antártica - África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Chile, Estados Unidos, França, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Reino Unido e URSS -, o acordo não tem data para término e é aberto a adesões. Conta hoje com 45 integrantes, entre eles o Brasil, que assinou o Tratado em 16 de maio de 1975 e em 1983 se tornou parte consultiva.

Trinta anos e muita pesquisa depois do Tratado, e com fundamento na convicção do papel fundamental da Antártica para entender como funciona o Planeta e para preservar as condições de vida como conhecemos, foi assinado, em 1991, o Protocolo ao Tratado da Antártica para Proteção ao Meio Ambiente , conhecido como Protocolo de Madri, que entrou em vigor em 1998.

O documento torna a região uma reserva natural, dedicada à paz e à ciência, proíbe por 50 anos (até 2.047) a exploração econômica dos recursos minerais e regulamenta e controla as atividades humanas no local.

Normas de conduta

O Protocolo de Madri estabelece normas de conduta para pesquisadores, visitantes e pessoal de apoio logístico:

    - colocar o lixo no local certo
    - evitar perturbar os animais
    - procurar não caminhar sobre vegetação
    - não usar armas
    - manter-se fora de áreas restritas
    - não coletar ovos, animais ou plantas
    - não levar para a Antártica seres estranhos a seu ecossistema.

Membros do Tratado
Membros consultivos
Argentina
Austrália
Chile
França
Nova Zelândia
Noruega
Reino Unido
Bélgica
Japão
Federação Russa
África do Sul
Estados Unidos da América
Brasil
Bulgária
China
Equador
Finlândia
Alemanha
Índia
Itália
Holanda
Peru
Polônia
República da Coréia
Espanha
Suécia
Uruguai
Membros não-consultivos
Áustria
Canadá
Colômbia
Cuba
República Tcheca
República da Coréia dos Povos Democráticos
Dinamarca
Estônia
Grécia
Guatemala
Hungária
Papua Nova Guiné
Romênia
República Eslovaca
Suíça
Turquia
Ucrânia
Venezuela

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