Em 2002 o CNPq, junto ao MMA e SECIRM, lançou edital convocando cientistas a realizarem pesquisa induzida na Antártica. O Ministério do Meio Ambiente precisava de respostas sobre mudanças ambientais globais e seus reflexos no Brasil e a Antártica se mostrava como o melhor laboratório para investigar essas questões.
Além disso, como o Brasil, ao ratificar o Protocolo de Madri, assumiu compromissos internacionais que implicam o dever de realizar pesquisa científica e de preservar o meio ambiente antártico, as alterações ambientais locais também são de interesse do PROANTAR como um todo. Por esse edital foram criadas, então, duas redes de pesquisa, envolvendo centenas de pesquisadores.
A Rede 1, de Mudanças Ambientais Globais, investiga os reflexos das alterações ambientais globais percebidas na Antártica. Para isso, realiza estudos
integrados da atmosfera, do gelo, do solo e do oceano. Os resultados dessas pesquisas melhorarão o conhecimento sobre o papel da Antártica como um dos controladores do clima terrestre e, em especial, do clima da América do Sul.
Além do estudo da variabilidade climática passada (ocorrida nos últimos 300 anos), a Rede 1 monitora parâmetros físicos, químicos e biológicos e tenta identificar as causas para a rápida alteração ambiental que tem sido verificada na região nos últimos 20 anos. Essa rede é formada por cientistas de 16 instituições brasileiras, várias delas que realizam projetos conjuntos com 17 grupos de pesquisa de outras nações.
Os resultados do estudo realizado pela Rede 1 permitirão que se caracterize e monitore as condições físico-químicas e biológicas na região polar no presente e no passado recente. Assim, será possível a compreensão e o detalhamento do papel da região como controladora das condições ambientais no Hemisfério Sul.
Com isso, será possível, no futuro, o modelamento e elaboração de cenários sobre a resposta daquela região às mudanças climáticas tanto naturais quanto as causadas pelo homem, e as conseqüências para o ambiente e a sociedade brasileira.
A Rede 2 tem o objetivo de monitorar o impacto da presença humana na região da Baía do Almirantado, na Ilha Rei George, onde se situa a Estação Ferraz. Essa região atualmente é classificada como Área Antártica Especialmente Gerenciada.
O estudo abrangente das condições ambientais dessa região está permitindo uma avaliação plena do impacto de atividades humanas gerado pelos cientistas, turistas e pessoal de apoio das estações, bem como dos impactos decorrentes de operações logísticas atuais e passadas.
Essa rede é formada por 15 grupos de pesquisa, oriundos de 8 instituições brasileiras, que desempenham estudos multidisciplinares em uma série de parâmetros bióticos e abióticos, voltados à implementação de uma estratégia para o gerenciamento ambiental de nossas atividades na Antártica As avaliações críticas dos resultados obtidos com este estudo deverão indicar quais são as variáveis necessárias para um eficiente monitoramento do impacto ambiental na Baía do Almirantado. Tais informações também servirão de subsídios para as ações mitigadoras de possíveis impactos ambientais na região. Adicionalmente, o conhecimento integrado do ambiente a ser realizado de acordo com a capacidade de suporte e desenvolvimento tecnológico das instalações brasileiras na Antártica, assim como de conformidade com as necessidades, a logística e o Protocolo de Madri permitirá a elaboração de um
plano voltado para a organização e a utilização da Estação Brasileira Antártica Comandante Ferraz.
Como as duas redes de pesquisa abordam estudos de monitoramento e acompanhamento a longo prazo, alguns dos dados coletados necessitam de séries longas e contínuas para que previsões confiáveis possam ser realizadas. A proposta original é que este projeto tenha vigência de pelo menos cinco anos, porém os recursos foram destinados somente para os três primeiros anos, havendo, portanto, a necessidade de garantir o aporte de recursos em anos subseqüentes para que os objetivos das redes sejam alcançados.
Para mais informações sobre os projetos integrantes das Redes PROANTAR, acesse:
http://www.mma.gov.br/port/sbf/dap/antinduz.html ou entre em contato conosco.
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