- Seg, 11 Jan 2016 17:52:00 -0200
CNPq lança chamada Universal 2016
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), Hernan Chaimovich, lançou, nesta segunda-feira, 11, a Chamada Universal CNPq/MCTI 1/2016, durante a sanção do Marco Legal de C&T, em Brasília, com a presença da Presidenta da República, Dilma Rousseff.O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), Hernan Chaimovich, lançou, nesta segunda-feira, 11, a Chamada Universal CNPq/MCTI 1/2016, durante a sanção do Marco Legal de C&T, em Brasília, com a presença da Presidenta da República, Dilma Rousseff.
Chaimovich ressaltou que a chamada vai além do fomento de ciência, tecnologia e inovação, mas que essencialmente representa a democratização e a extensão geográfica da excelência dos cientistas desse país. "Ela amplia, portanto a capacidade brasileira de contribuir cientifica e tecnologicamente para o desenvolvimento intelectual, social e econômico do país", afirmou.
Já a presidenta Dilma espera que os R$ 200 milhões "sejam muito bem aproveitados e que haja um aumento das atividades de pesquisa, com o engajamento de estudantes de graduação e pós-graduação no desenvolvimento de projetos e maior interação com o setor produtivo".
Estavam presentes na cerimônia, ainda, os Ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader e o presidente da Academia Brasileira de Ciência (ABC), Jacob Palis.
A Chamada
O objetivo da Chamada Universal é democratizar o fomento à pesquisa cientifica e tecnológica no País, contemplando todas as áreas do conhecimento. Dos R$ 200 milhões previstos no edital, R$ 150 milhões são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (FNDCT) e R$ 50 milhões do CNPq.
Os recursos disponibilizados para os projetos serão divididos em três níveis, com valores que variam de R$ 30 mil a R$ 120 mil.
O edital da Chamada Universal estará disponível na página do CNPq a partir desta terça-feira, 12 e os pesquisadores têm até 26 de fevereiro para apresentar suas propostas. Cada pesquisador poderá apresentar apenas um projeto, que deve ser executado em um período de 36 meses, a partir da data de contratação.
Serão beneficiados projetos desenvolvidos em instituições de ensino superior ou institutos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), públicos ou privados, sem fins lucrativos, além de projetos ligados a empresas públicas nas áreas de ciência, tecnologia e inovação.
Para ter acesso aos recursos da Chamada Universal, a solicitação deve ser feita pelo coordenador do projeto, que obrigatoriamente, deverá possuir título de doutor e ter o currículo cadastrado na Plataforma Lattes, atualizado até a data limite para submissão da documentação. Além disso, deve possuir vínculo celetista ou estatuário com a manutenção de atividades acadêmico-cientifícas na instituição de ensino a pesquisa. Por fim, não ter projeto vigente aprovado em Chamada Universal anterior.
A chamada prevê a concessão de 1.500 bolsas de Iniciação Cientifíca (IC) e outras 1.00 bolsas de apoio técnico (AT), também com duração de até 36 meses.
Marco Legal
A presidenta Dilma Rousseff sancionou, nesta segunda-feira (11), o novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/2015. A proposta, aprovada por unanimidade pelo Senado Federal no dia 9 de dezembro de 2015, aproxima as universidades das empresas, tornando mais dinâmicos a pesquisa, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação no País. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, e o presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, também participaram da cerimônia que aconteceu no Palácio do Planalto, Brasília.
Considerado uma grande vitória da comunidade científica, o Marco Legal da CT&I amplia o tempo máximo que os professores das universidades federais poderão trabalhar em projetos institucionais de ensino, pesquisa e extensão, ou exercer atividades de natureza científica e tecnológica.
Outro ponto é a isenção e redução do imposto para as importações realizadas por empresas na execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
O novo Marco Legal também permite a participação da União, estados e municípios no capital social de empresas para o desenvolvimento de produtos e processos inovadores que estejam de acordo com as respectivas políticas de desenvolvimento científico. Os entes federativos poderão apoiar a criação de ambientes promotores de inovação, como incubadoras de empresas, parques e polos tecnológicos, por meio de recursos repassados por suas agências de fomento aos pesquisadores vinculados a instituições científicas e tecnológicas (ICTs).
O Marco estabelece ainda novas competências para os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), como a definição de estratégias para a transferência das inovações geradas pelas ICTs. A proposta aprimora a definição de propriedade intelectual resultante da parceria entre universidades e empresas, assim como a transferência de tecnologia. Outra novidade é a simplificação do processo de emissão de visto de trabalho para pesquisadores estrangeiros que vierem ao Brasil para participar de projetos de pesquisa.
Acesse a Galeria de Imagens do envento.
Coordenação de Comunicação do CNPq
Fotos: Robson Moura
CNPq: 60 anos de ciência
- Qua, 11 Jan 2012 12:56:00 -0200
CNPq: 60 anos de ciência
O neurocientista Iván Izquierdo, ganhador do Prêmio Almirante Álvaro Alberto do CNPq, afirma que excesso de informações e ruídos da nossa sociedade vem afetando a saúde mental.Somos aquilo que recordamos e também.. o que esquecemos
O neurocientista Iván Izquierdo, ganhador do Prêmio Almirante Álvaro Alberto do CNPq, afirma que excesso de informações e ruídos da nossa sociedade vem afetando a saúde mental.
Por quê precisamos inibir ou esquecer certas lembranças para poder viver bem? Nossa capacidade de armazenar memórias é saturável ou não? E por quê muitas vezes temos dificuldade de lembrar coisas consideradas importantes, mas memorizamos com certa facilidade piadas, banalidades e músicas que nem gostaríamos de lembrar? Decidido a desvendar estes e outros tantos mistérios da biologia da memória, o neurologista Iván Izquierdo, reconhecido como um dos maiores pesquisadores do mundo nesta área, vem desenvolvendo há mais de 45 anos, estudos científicos com o intuito de entender como funcionam os mecanismos deste complexo labirinto da memória.
Sabe-se que a memória é uma intrigante faculdade mental que nos permite registrar, armazenar e manipular as informações obtidas através de experiências vividas. Geralmente esta nos remete ao "passado", pois tudo que faz parte da memória já ocorreu, porém a memória também compõe o nosso presente, pois é com esta capacidade que interagimos com o mundo e com os outros. Sem esta função nós não iríamos identificar nada, ou melhor, não teríamos sequer noção de identidade, já que para saber o que somos é preciso saber o que fomos.
Esquecer para viver
Para o especialista Iván Antônio Izquierdo, coordenador do Centro de Pesquisas da Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, a memória é tão imprescindível ao homem quanto o esquecimento de certos dados, fatos ou acontecimentos. Em seu livro "A Arte de Esquecer", o pesquisador pontua ser necessário "apagar" algumas lembranças para nosso bem estar.
"De fato, é preciso esquecer, ou pelo menos manter longe da evocação certas lembranças que nos perturbam, como aquelas de medos, humilhações, desencantos amorosos e outros maus momentos. Já pensou se nos lembrássemos de todos os nossos fracassos? Passaríamos metade da vida nos remoendo. Para nossa paz de espírito, por meio de um mecanismo de autoproteção, o cérebro simplesmente inibe determinadas memórias, um fenômeno que os psicanalistas chamam de repressão. E isso ocorre o tempo todo, mesmo sem percebermos", afirma.
O cérebro humano, apesar de ser fantástico processa e armazena informações de forma limitada. Para reter novos dados a mente precisa de intervalos de descanso e também deixar de lado memórias supérfluas. Seria incrível caso nos lembrássemos de cada palavra, som, gesto, imagem, cheiro ou cada sensação que passa ao longo das nossas vidas, porém nosso cérebro não consegue armazenar tantos dados assim.
Para Izquierdo, a arte de esquecer é um dos fenômenos mais importantes da memória, já que possibilita a mente abrir novas janelas para abarcar mais informações. "Se nos lembrássemos de tudo, não teríamos como lembrar ou aprender coisas novas, já que existem memórias que nos impedem de adquirir outras novas ou lembrar de outras antigas, mais importantes, por isso é preciso que a mente elimine lembranças consideradas desnecessárias ou reprimir algumas delas", afirma.
O pesquisador pontua ainda a importância dos intervalos de descanso da mente para recompor a capacidade de absorção do conhecimento. "Sabe-se que o ser humano apresenta oscilações em sua capacidade de atenção, cujas ondas duram aproximadamente noventa minutos. Logo após absorver um certo número de informações consecutivas, dependendo da densidade, precisamos de um descanso para metabolizar tais dados", ressalta.
Emoção e suas marcas
Todo mundo se lembra do que estava fazendo quando morreu Ayrton Senna, mas porque será que ninguém se lembra do que fazia algumas horas antes do ocorrido? Provavelmente as pessoas se recordam do momento porque se emocionaram com o infeliz fato, mas não se lembram do que fizeram horas antes da morte, pois estas lembranças não tocaram seus sentimentos. O neurocientista explica que isto ocorre, pois a memória fixa muito melhor emoções do que fatos, já que as vias nervosas são extraordinariamente reguladas por emoções e sentimentos.
"A emoção é acompanhada pela descarga de dopamina e de noradrenalina em certos lugares do cérebro, que se incorporam na memória. Então, toda a vez que, por algum motivo, essas substâncias forem liberadas e se mantiverem no cérebro, a tendência é lembrar de coisas que apreendemos sob a influência delas". Segundo ele, é por este motivo que memorizamos com maior facilidade assuntos que gostamos, recordações que mexem com as nossas emoções, ou mesmo besteiras que nos chocam. "Uma besteira apreendida sob emoção será melhor lembrada que uma genialidade apreendida com indiferença", declara Izquierdo.
Mundo esquizofrênico
Por mais que a memória humana seja muito ampla e resistente, o especialista afirma que a nossa memória atualmente trabalha no limite, principalmente por causa do excesso de informações e ruídos da nossa sociedade. "Há 90 anos, o fundador da Neurociência moderna, Santiago Ramon y Cajal já se queixava que o excesso de estímulos e de informação tornava a vida difícil e em pouco tempo a tornariam impossível, pelas rádios a galena, os carros, os ônibus e seu barulho, etc. Noventa anos se passaram e hoje estamos vivendo no meio da balbúrdia generalizada, somos bombardeados por informações, vindas da televisão, dos aviões, computadores, ipod, ipad e outras coisas mil. Até agora não chegamos ao limite do que nossa memória de trabalho pode suportar, porém já percebemos que todo este ruído vem afetando e muito nossa saúde mental", diz.
Em seu livro "Silêncio, por Favor", Izquierdo defende a necessidade de escapar muitas vezes deste ambiente cheio de ruídos para conseguir pensar e articular-se com profundidade. "O ruído não é só auditivo, é visual, linguístico e multisensorial. O ruído não nos deixa distinguir os sinais que realmente nos interessam e por isso nos incomoda. Afirmo que não são os estímulos em si que nos perturbam, pois os humanos estão ai para receber, analisar, filtrar e guardar informações, o problema é que estamos construindo um mundo no qual o principal hoje é o ruído e não os sinais".
Para ele, as pessoas vêm absorvendo desenfreadamente tantos códigos, valores, ícones e imagens que acabam por não conseguir pensar com profundidade em quase nada, o que atrapalha paralelamente a memorização, a percepção e a sensibilidade. Nesse sentido, Izquierdo afirma que é preciso selecionar os sinais em meio a tantos ruídos, que só poluem nossa mente. "Temos que discriminar informação de ruído, separar o joio do trigo, tanto para evitarmos absorver coisas que não valem a pena ser evocadas, saturando o cérebro de mediocridades, como também obtermos mais qualidade de vida, já que teremos mais tempo para fazer o que realmente importa, como, por exemplo, amar, pensar, ser nós mesmos", finaliza.
Ivan Izquierdo
Autor de 11 obras e mais de 600 artigos científicos sobre a biologia da memória, Izquierdo foi agraciado este ano com a mais importante honraria em ciência e tecnologia do Brasil, o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia. Médico e pesquisador argentino, Izquierdo obteve nacionalidade brasileira em 1981, e fez grandes descobertas, como os principais mecanismos moleculares da formação, evocação, persistência e extinção das memórias, a dependência de estado endógena, a separação funcional entre as memórias de curta duração e longa duração.
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CNPq reabre inscrições para o PIBIC
- Qua, 11 Jan 2012 12:51:00 -0200
CNPq reabre inscrições para o PIBIC
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) reabre, entre os dias 9 e 17 de junho, as inscrições para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). O programa é voltado para o desenvolvimento do pensamento científico e iniciação à pesquisa de estudantes de graduação do ensino superior.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) reabre, entre os dias 9 e 17 de junho, as inscrições para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). O programa é voltado para o desenvolvimento do pensamento científico e iniciação à pesquisa de estudantes de graduação do ensino superior.
Os principais objetivos são: contribuir para a formação de recursos humanos para a pesquisa, colaborar para a formação científica de recursos humanos que se dedicarão a qualquer atividade profissional e para reduzir o tempo médio de permanência dos alunos na pós-graduação, além de possibilitar o acesso e a integração do estudante à cultura científica.
O programa é destinado a instituições públicas, comunitárias ou privadas, com ou sem curso de graduação, que efetivamente desenvolvam pesquisa e tenham instalações próprias para tal fim. Para participação no PIBIC, a instituição proponente deverá estar previamente cadastrada no Diretório de Instituições (DI) do CNPq, disponível em ( http://di.cnpq.br/di/ ) e ter uma política para iniciação científica.
As inscrições, que devem ser feitas por intermédio da Plataforma Carlos Chagas ( http://carloschagas.cnpq.br/ ), serão avaliadas por mérito, com o auxílio de especialistas atuantes nos vários campos do conhecimento científico e tecnológico. A divulgação dos resultados está prevista para acontecer no dia 1º de julho.
Para saber mais consulte: RN-017/2006
Palestra discute Plano Estratégico para ampliar o desenvolvimento tecnocientífico do país
- Ter, 20 Dez 2011 16:39:00 -0200
Palestra discute Plano Estratégico para ampliar o desenvolvimento tecnocientífico do país
Nesta quarta-feira (01/06), foi realizada na Sede do CNPq, a palestra - Planejamento Estratégico: uma filosofia, proferida por Ivan Rocha Neto. A conferência contou com a participação do Diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde (DABS), Paulo Sergio Lacerda Beirão, e presença do Chefe de Gabinete da presidência do CNPq, Jovan Guimarães Gadioli dos Santos e de inúmeros servidores da agência.Nesta quarta-feira (01/06), foi realizada na Sede do CNPq, a palestra "Planejamento Estratégico: uma filosofia", proferida por Ivan Rocha Neto. A conferência contou com a participação do Diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde (DABS), Paulo Sergio Lacerda Beirão, e presença do Chefe de Gabinete da presidência do CNPq, Jovan Guimarães Gadioli dos Santos e de inúmeros servidores da agência.
Docente da Universidade Católica de Brasília e, pesquisador há mais de 40 anos, Ivan Rocha iniciou a palestra falando do papel essencial das agências federais de financiamento, como o CNPq e a CAPES no incentivo ao desenvolvimento cientifico, e tecnológico, bem como para o avanço econômico do país.
"Se hoje temos condições para acompanhar o avanço cientifico e tecnológico internacional é devido aos progressos obtidos nestes últimos 60 anos em diversos campos, com o apoio do CNPq e da CAPES. Antes de pensarmos no futuro, primeiro temos que contemplar o caminho percorrido, aprender com os erros e os acertos do passado. Precisamos nos orgulhar de nossos antecedentes que tanto lutaram para florescer os setores ligados à sociedade do conhecimento".
Ivan Neto destacou que o Brasil já fortaleceu as bases nos campos da ciência e tecnologia, porém ainda não desenvolveu a cultura da inovação. "Já temos muita bagagem de conhecimento para transformar ciência em tecnologia, porém precisamos de mais diálogo e sinergia com as empresas para que assim país desenvolva uma cultura da inovação. Sei que criar ambientes para inovação é um tanto complexo, pois envolve valores culturais e sociais, porém não avançaremos de forma plena enquanto não trabalharmos de forma coletiva, incluindo todos os setores e atores da sociedade. Temos que formar uma verdadeira rede do conhecimento para promovermos assim o pleno desenvolvimento sustentável", diz.
O pesquisador durante a palestra cita o Programa RHAE, como uma forma de incluir pessoal altamente qualificado em atividades de P&D nas empresas. " O apoio inovador da academia é essencial para impulsionar o desenvolvimento do País, e para isso é preciso criar novos e mais eficientes instrumentos de estímulo à inovação", afirma.
Segundo Rocha Rocha, o país enfrenta grandes desafios, e para superá-los é essencial distribuir melhor os recursos, melhorar a qualidade do ensino, estimulando a ciência nas escolas, socializar cada vez mais a tecnologia, já que, para ele, "atualmente cada região e comunidade gozam de oportunidades diferenciadas, e participam de modo assimétrico na distribuição do poder científico e social". Ele pontuou ser necessário estimular intensamente a área das engenharias, pois apesar dos números terem crescido nos últimos anos, ainda existe um déficit muito grande na área. " É preciso fazer campanhas e bons programas para estimular a área das engenharias, pois quanto mais o país cresce, mais aumentam as carências nesta área. Temos que incentivar e valorizar cada vez mais nossos engenheiros".
Ivan Neto concluiu a palestra afirmando que o CNPq deve agir sempre de forma prospectiva.. "O CNPq e outras grandes agências de fomento, trabalham com a maior riqueza do mundo, que é o conhecimento. Nesse sentido, precisamos desenhar o futuro coletivamente, convergindo cada vez mais novos parceiros e incluindo aos poucos toda a comunidade. É importante trabalharmos sempre com um olho no presente e outro lá na frente, pois precisamos antecipar os temas que serão essenciais daqui há 20 ou 30 anos", finalizou.
Ivan Rocha NetoIvan Rocha Neto foi diretor adjunto da CAPES, exercendo várias superintendências no CNPq, por três vezes foi Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (1978/1979) e da Universidade Católica de Brasília (1999/2007).
Também atuou como Secretário Executivo Adjunto da ABIPTI, e participou da concepção e negociação dos Programas PADCT, RHAE, entre outros, supervisionando e participando como docente nas 35 versões do Curso de Formação de Agentes de Inovação que formou cerca de 1000 especialistas em 22 estados da Federação.
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CNPq lança o 9° Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica
- Ter, 13 Dez 2011 17:28:00 -0200
CNPq lança o 9° Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica
Estão abertas as inscrições para participar da 9ª edição do Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica, uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O Prêmio, criado em 2003, busca premiar os trabalhos de destaque entre os bolsistas de Iniciação Científica do CNPq, sob os aspectos de relevância e qualidade do seu relatório final de pesquisa, e as instituições participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) que contribuíram de forma relevante para o alcance dos objetivos do Programa.Estão abertas as inscrições para participar da 9ª edição do Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica, uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O Prêmio, criado em 2003, busca premiar os trabalhos de destaque entre os bolsistas de Iniciação Científica do CNPq, sob os aspectos de relevância e qualidade do seu relatório final de pesquisa, e as instituições participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) que contribuíram de forma relevante para o alcance dos objetivos do Programa.
Podem concorrer os bolsistas de Iniciação Científica do CNPq com pelo menos 12 meses de bolsa e que estejam em processo de renovação (2011-2012). Serão concedidas até nove premiações, distribuídas entre bolsistas das três grandes áreas do conhecimento: Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; Ciências da Vida; e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes. Os três primeiros colocados de cada área receberão quantia em espécie, sendo R$ 3,3 mil para o terceiro lugar, R$ 4,2 mil para o segundo colocado e R$ 5,1 mil para o primeiro lugar, que também receberá bolsa de Mestrado e passagem aérea com hospedagem para a participação na Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 2012.
Na categoria Mérito Institucional, concorrerão instituições que participam do PIBIC e que tenham bolsistas inscritos no Prêmio. A premiação caberá à instituição com maior índice de egressos do PIBIC titulados na pós-graduação, em cursos reconhecidos pela CAPES. O índice de egressos será aferido pela quantificação dos ex-bolsistas que se titularam no mestrado ou doutorado. Os orientadores dos bolsistas agraciados serão convidados pelo CNPq a participarem da cerimônia de entrega, que será realizada durante as comemorações da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação, entre 17 e 23 de outubro deste ano.
As inscrições ocorrem nas instituições de ensino e pesquisa:As inscrições, que são individuais devem ser feitas nas Pró-Reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação ou nas Coordenações do PIBIC das instituições de ensino e pesquisa até o dia 19 de agosto de 2011 . Os bolsistas além de preencherem a ficha de inscrição deverão entregar o relatório final, histórico escolar, e carta de recomendação do orientador sobre o perfil e atuação do bolsista. A s instituições devem transmitir ao CNPq, até 02 de Setembro de 2011 , os três melhores relatórios dos bolsistas de IC do CNPq, um por grande área do conhecimento para concorrer na etapa nacional.
O regulamento e a ficha de inscrição podem ser obtidas na página do Prêmio: http://www.destaqueic.cnpq.br/
CNPq participa do Diálogo da Parceria Global com os EEUU
- Sex, 09 Dez 2011 17:59:00 -0200
CNPq participa do Diálogo da Parceria Global com os EEUU
O segundo encontro do Diálogo da Parceria Global com os EEUU, coordenado pelo Ministério de Relações Exteriores, ocorreu nos dias 31 de maio e 1 de junho. A colaboração em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) assim como a educação tiveram destaque entre os temas tratados nas reuniões entre os governos dois países.O segundo encontro do Diálogo da Parceria Global com os EEUU, coordenado pelo Ministério de Relações Exteriores, ocorreu nos dias 31 de maio e 1 de junho. A colaboração em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) assim como a educação tiveram destaque entre os temas tratados nas reuniões entre os governos dois países.
O CNPq esteve representado pelo Presidente, Glaucius Oliva, e pelo Diretor de Cooperação Institucional, Manoel Barral, que juntamente com a CAPES, expuseram a proposta do novo programa de mobilidade internacional em CT&I do Brasil, o Ciência sem Fronteiras .
O programa visa promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras através da expansão do intercâmbio e mobilidade internacional. O programa visa também contribuir para o processo de internacionalização das universidades e centros de pesquisa brasileiros, aumentando a sua visibilidade no exterior, estimulando o estabelecimento de parcerias internacionais, adaptando e promovendo uma significante revisão nos procedimentos internos de nossas universidades e centros de pesquisa de modo a tornar a interação com parceiros estrangeiros factível. A longo termo, essas ações deverão gerar um maior investimento estrangeiro ligado a formação de recursos, inovação e tecnologia no nosso país. O intercâmbio proposto se dará em duas vertentes:
¿ Aumento da presença de estudantes e pós-doutores brasileiros, de diversos níveis, em instituições de excelência no exterior;
¿ Estímulo à vinda de jovens talentos e pesquisadores de elevada qualificação para o Brasil, com atuação em problemas de C&TI e capacitação de pessoal de interesse do país.
No CNPq, o Ciência sem Fronteiras tem prioridade para as áreas e temas do Segundo Plano de Aceleração de CT&I (PACTI-2) atualmente em fase final de discussão pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).
As reuniões foram muito proveitosas e abriram diversas possibilidades de intercâmbio com universidades e institutos estadunidenses. Nos próximos meses, o CNPq participará de diversos eventos com autoridades educacionais dos EEUU e estabelecerá cooperação com instituições acadêmicas de pesquisa e inovação de elevada qualidade, para o efetivo funcionamento do Ciência sem Fronteiras.
Brasil e União Europeia divulgam resultado do Edital de Cooperação em Tecnologias da Informação e Comunicação
- Sex, 09 Dez 2011 10:58:00 -0200
Brasil e União Europeia divulgam resultado do Edital de Cooperação em Tecnologias da Informação e Comunicação
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) divulga a lista dos cinco processos aprovados no Edital de Cooperação Brasil - União Europeia em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). O Edital é voltado para o financiamento de atividades de colaboração internacional no âmbito do Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica entre o Brasil e a União Europeia.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) divulga a lista dos cinco processos aprovados no Edital de Cooperação Brasil - União Europeia em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). O Edital é voltado para o financiamento de atividades de colaboração internacional no âmbito do Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica entre o Brasil e a União Europeia.
O objetivo do Edital é apoiar propostas no segmento de Tecnologias da Informação e Comunicação, para a criação de uma infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento, laboratorial e de recursos humanos, que permita o uso eficaz de tecnologias de ponta, com eficiência e competitividade internacional, em todos os setores da nossa sociedade. Os resultados esperados incluem o desenvolvimento de pesquisas em tecnologias emergentes e futuras, com base em uma das cinco linhas de pesquisa disponíveis.
No total, o Programa de Cooperação Brasil-União Europeia na área de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) irá investir R$ 11,5 milhões oriundos do FNDCT/Fundo Setorial CT-INFO.
Lista de aprovados:
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga a aprovação dos projetos aprovados, conforme discriminado abaixo, no âmbito do Edital MCT/CNPq nº 066/2010. O Edital é voltado para o financiamento de atividades de colaboração internacional no âmbito do Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica entre o Brasil e a União Europeia.
Número ProcessoCoordenador BrasileiroInstituição Brasileira590032/2011-9 Jacobus Willibrordus Swart CTI 590045/2011-3 Judith Kelner UFPE 590022/2010-3 Antonio Jorge Gomes Abelém UFPA 590047/2011-6 Djamel Fawzi Hadj Sadok UFPE 590052/2011-0 Vanderlei Perez Canhos CRIA Os processos aprovados encontram-se listados na ordem das linhas temáticas presentes no item II.1.1 - Do Objeto - do Regulamento do Edital:
http://www.cnpq.br/editais/ct/2010/066.htm
assim nomeadas:
Linha temática 1: Microeletrônica/Microssistemas;
Linha temática 2: Controle e monitoramento em rede;
Linha temática 3: Internet do futuro - instalações experimentais;
Linha temática 4: Internet do futuro - segurança;
Linha temática 5: Infraestruturas eletrônicas.
7º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero é lançado em Brasília
- Qua, 07 Dez 2011 18:29:00 -0200
7º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero é lançado em Brasília
O lançamento da 7ª edição do Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero aconteceu hoje (1º/6), em Brasília. A iniciativa pretende estimular e fortalecer a reflexão critica e a pesquisa sobre as desigualdades existentes entre homens e mulheres no Brasil, as inscrições permanecem abertas até o dia 16 de setembro. Podem concorrer estudantes do ensino médio, graduados, especialistas, mestres e estudantes de doutorado, com redações e artigos científicos.O lançamento da 7ª edição do Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero aconteceu hoje (1º/6), em Brasília. A iniciativa pretende estimular e fortalecer a reflexão critica e a pesquisa sobre as desigualdades existentes entre homens e mulheres no Brasil, as inscrições permanecem abertas até o dia 16 de setembro. Podem concorrer estudantes do ensino médio, graduados, especialistas, mestres e estudantes de doutorado, com redações e artigos científicos.
O Prêmio é uma iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), do Ministério da Educação (MEC), e da ONU Mulheres, que pretende contemplar abordagens de classe social, geração, raça, etnia e sexualidade no campo dos estudos das relações de gênero, mulheres e feminismos, além de sensibilizar a sociedade para essas questões.
O LançamentoDurante a solenidade, o diretor de Engenharias, Ciências Exatas e Humanas e Sociais do CNPq, Guilherme Sales Soares de Azevedo Melo, afirmou que uma parceria é boa quando atinge os objetivos propostos. "Isso já foi conseguido, como podemos constatar através das 15.728 inscrições recebidas nas últimas edições. O Prêmio e os editais nós já temos, agora o desafio é o que pode ser acrescentado para ampliar as atividades e progredir", ressaltou.
Abrindo a mesa, Misiára Oliveira, representando a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (SECAD/MEC), afirmou que o compromisso com a igualdade de gêneros. "A iniciativa é muito importante para enraizar essa temática na sociedade brasileira". Porém, segundo Misiára, ainda é necessário expandir as ações e investir na formação dos professores da rede pública de ensino."Alfabetização de mulheres de baixa renda, das comunidades rurais e negras é um conjunto de compromissos voltado à promoção, defesa e garantia das mulheres" enfatizou.
Sandra Regina, da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), frisou que o concurso também prêmia estudantes do Ensino Médio e Escolas que lutem pela igualdade de gêneros, contribui para a formação do estudante que está na fase final da Educação Básica, podendo assim, consolidar conceitos ligados à temática. Segundo Sandra, é necessário que a discussão esteja presente no dia-a-dia dos estudantes: "É importante para que os jovens sejam cidadãos e não desenvolvam nenhum tipo de preconceito", esclareceu.
Para a representante da ONU Mulheres, Júlia Puglia, é extremamente satisfatório constatar que os jovens estão pensando e escrevendo sobre um assunto tão importante para a vida em sociedade. "Esse programa é diferente, interessante e atrativo. A Educação nunca foi tão priorizada no país, principalmente para evitar a violência e a perseguição que alguns alunos impõe aos outros, inclusive por gênero", disse.
Durante o encerramento, a chefe de gabinete da SPM, Ana Maria Magalhães, pontuou a necessidade de uma educação não racista, não sexista e não homofóbica. "O Programa Mulher e Ciência, do qual o Prêmio faz parte, promove a inserção das mulheres no mundo acadêmico. Apesar de as mulheres terem alcançado maior escolaridade, isso não tem representado avanço na ocupação de postos de trabalho de chefia, o que precisa mudar", finalizou.
Como participarEscolas públicas e privadas que estejam desenvolvendo projetos e ações pedagógicas para a promoção da igualdade de gênero, poderão concorrer na categoria "Escola Promotora da Igualdade de Gênero". Será premiada uma escola por região, que receberá a quantia de R$10 mil. O dinheiro deverá ser aplicado na ampliação e fortalecimento de ações promotoras da igualdade de gênero. Premiados em edições anteriores, somente poderão candidatar-se novamente após três anos.
Na categoria estudante de Ensino Médio são duas possibilidades: "Etapa Nacional" e "Etapa Unidade da Federação". Ao todo, serão 27 vencedores, um por cada estado e Distrito Federal que serão agraciados com bolsas de estudo, computadores e impressoras. Nas categorias: "Mestre e Estudante de Doutorado", "Mestre, Graduado, Especialista e Estudante de Mestrado" e "Estudante de Graduação" serão premiados os seis melhores artigos científicos, sendo dois selecionados para cada categoria. Ao todo, os textos vencedores receberão premiações em dinheiro no valor de R$ 23 mil, além de bolsas de estudo.
Para saber mais consulte: http://www.igualdadedegenero.cnpq.br
CNPq: 60 anos de ciência Tecnologia brasileira micrometros à frente
- Qua, 07 Dez 2011 13:40:00 -0200
CNPq: 60 anos de ciência Tecnologia brasileira micrometros à frente
Foi na década de 1950 que sugiram os primeiros computadores que funcionavam por meio de circuitos eletrônicos, feitos com válvulas, e pesavam até 30 toneladas. Alguns anos mais tarde, entre 1959 e 1965, surgiram os computadores de segunda geração, apesar de enormes, as válvulas usadas anteriormente foram substituídas pelos transistores, que além de 100 vezes menores, consumiam menos energia, eram mais rápidos e confiáveis.Foi na década de 1950 que sugiram os primeiros computadores que funcionavam por meio de circuitos eletrônicos, feitos com válvulas, e pesavam até 30 toneladas. Alguns anos mais tarde, entre 1959 e 1965, surgiram os computadores de segunda geração, apesar de enormes, as válvulas usadas anteriormente foram substituídas pelos transistores, que além de 100 vezes menores, consumiam menos energia, eram mais rápidos e confiáveis.
A partir da terceira geração, os transistores foram substituídos pelos circuitos integrados (CI). Essa tecnologia consiste em um grande número de transistores microscópicos, acoplados a uma única pastilha de silício. Isso permitiu a construção de circuitos microeletrônicos responsáveis pela melhoraria significativa do desempenho e confiabilidade, além da redução dos custos de fabricação e de consumo de energia dos microchips . Atualmente, praticamente todos os componentes eletrônicos são miniaturizados e montados em um único chip .
O desenvolvimento dos CI e da chamada microeletrônica não parou. O mundo continua desenvolvendo grandes pesquisas nesse âmbito, no Brasil não é diferente. Fruto do Edital de Circuitos Integrados - Brasil Fase 2, lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) em 2008, o " Projeto de Uma Design House Especializada em Componentes Integrados para os setores Aeroespacial, de Defesa e de Comunicação" e que originou a Santa Maria Design House (SMDH) vem se destacando sob a coordenação do professor e bolsista do CNPq, João Baptista dos Santos Martins. " O projeto está sendo desenvolvido desde setembro de 2009 e já conseguiu avanços significativos de lá para cá", afirma Baptista.
O principal objetivo é criar soluções inovadoras em microeletrônica, por meio do desenvolvimento de projetos de CI, que vão da especificação, codificação, verificação e teste, para clientes públicos e privados, passando por serviços de back-end, fase final de desenvolvimento de um chip, até a busca de parcerias com Institutos de Pesquisa e Desenvolvimento.
Tecnologia de pontaProtótipo do Microcontrolador ZR-16Nos quase dois anos do projeto foram desenvolvidos quatro produtos tecnológicos. O principal deles é o microcontrolador (MCU) ZR16 , uma espécie de computador -num- chip que contém processador, memória e vários periféricos analógicos. Esse microprocessador pode ser programado para funções específicas e ser "embarcado" em outro dispositivo, para controlar as funções ou ações do produto.
Desenvolvido em parceria com a CHIPUS Microelectronics , também financiada pelo CI Brasil, o ZR16 é o primeiro microcontrolador genuinamente brasileiro de propósito geral e para uso em escala comercial. "O ZR16 representa em primeiro lugar a capacidade dos brasileiros para entrar no seleto grupo da alta tecnologia. Em termos econômicos o mercado mundial de microcontroladores chega a produzir 12 bilhões de unidades-ano. O MCU poderá atender milhões de unidades, no mínimo. Portanto, o valor agregado para a economia brasileira em médio prazo é extremamente promissor. Com ele, podemos começar a pensar em reduzir o déficit causado pela importação de componentes eletrônicos" ressalta Baptista. A empresa EXATRON Indústria Eletrônica LTDA, sediada em Porto Alegre, vai começar a utilizar o ZR16 tão logo ele seja colocado em escala industrial, o que está previsto para o segundo semestre de 2012.
Outra invenção desenvolvida pela SMDH e pela CHIPUS é o conversor analógico digital de 12 bits, esse circuito faz a conversão de valores reais ou analógicos, para valores digitais. A SMDH também trabalha com circuitos tolerantes a radiação. Para projetar este tipo de circuito é necessário que exista uma biblioteca de células tolerantes a radiação. Hoje esta biblioteca de células está sendo projetada e desenvolvida de forma pioneira no Brasil na SMDH, pois nem a Agencia Espacial Norte Americana (NASA) e nem a Agencia Espacial Européia (ESA) disponibilizam as suas biliotecas, consideradas estratégicas para os países que a detém. Este tipo de circuito é usado para a fabricação de chips embarcados em satélites, mísseis teleguiados e naves espaciais, por exemplo.
Finalizando, uma chave liga-desliga tolerante a radiação está sendo projetada e será usada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de São José dos Campos. O grande desafio é fazer este dispositivo funcionar adequadamente quando submetido a efeitos de radiação eletromagnética e cósmica, o que acontece quando um circuito está no espaço, embarcado em um satélite. Este circuito está retornando da fabricação e entra em teste no primeiro trimestre de 2012.
O Professor João Baptista afirma que essa transferência de tecnologia para o setor produtivo irá contribuir significativamente para o desenvolvimento do país. "Hoje o Brasil possui um déficit de semicondutores que chega a US$ 10 bilhões ano. Isto apenas se considerarmos componentes integrados. À medida que nossos Centros de Design, em especial as que fazem parte do Programa CI-Brasil , começarem a produzir, este déficit começará a cair, sendo o setor produtivo brasileiro beneficiado diretamente por esta mudança de paradigma", completa Baptista.
Em busca do tempo perdidoPara Baptista, o Brasil ficou muito tempo afastado dessa área de pesquisa e desenvolvimento. Contudo, a situação está mudando graças à atual situação econômica e ao ritmo de crescimento do país. "Cada vez mais empresas estrangeiras vêm ao Brasil em busca de parcerias e projetos estratégicos. A comunidade brasileira pode esperar grandes avanços na área de microeletrônica, o que significará melhora da situação econômica brasileira e principalmente domínio tecnológico de produtos na área de eletrônica", finaliza.
A SMDH é composta por uma equipe de projetistas de circuitos digitais de codificação e verificação, projetistas de circuitos analógicos, engenheiro de aplicação e teste e equipe de suporte de Tecnologia da Informação (TI) e de suporte a ferramentas de EDA ( Eletronic Design Automation ). EDA são softwares de computador que auxiliam diretamente o projetista no desenvolvimento de circuitos integrados. Por serem programas muito complexos, sua licença anual poderá custar até US$ 1 milhão.
Comissão da Unesco se reúne com dirigentes do CNPq
- Qua, 07 Dez 2011 12:47:00 -0200
Comissão da Unesco se reúne com dirigentes do CNPq
Na última quinta-feira (02/06), representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), se reuniram na Sede do CNPq para estreitar a parceira da organização com a agência e tentar consolidar políticas científicas que reflitam maior compromisso com Desenvolvimento Sustentável na América Latina e Caribe.Na última quinta-feira (02/06), representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), se reuniram na Sede do CNPq para estreitar a parceira da organização com a agência e tentar consolidar políticas científicas que reflitam maior compromisso com Desenvolvimento Sustentável na América Latina e Caribe.
A comissão da Unesco foi composta pelo diretor do Escritório Regional de Ciência da Unesco para a América Latina e o Caribe, Jorge Grandi, o especialista de Programa em Ciências Básicas e Engenharia, Ernesto Fernández Polcuch, e o oficial de Ciência e Tecnologia, Ary Mergulhão Filho. A comitiva foi recebida pelo diretor de Engenharias, Ciências Exatas e Humanas e Sociais (DEHS/CNPq), Guilherme Sales Soares de Azevedo Melo, e pelo chefe de gabinete da presidência, Jovan Gadioli dos Santos.
Na reunião foram discutidas temas fundamentais para o desenvolvimento do Brasil, como o papel da CT&I para o avanço sócio-econômico, cuidado com o meio ambiente, aumento dos investimentos em CT&I, valorização e qualificação da educação superior e da educação para a ciência, a necessidade de maior estimulo nas áreas das ciências exatas e das engenharias, dentre outras, a melhoria dos indicadores de avaliação da pesquisa e também, a busca pela articulação da novas política de CT&I.
A comissão analisou também os progressos e resultados alcançados durante a última década, pontuando as ações já consolidadas no âmbito de C&T e prospectando planos para o futuro. Ficou claro durante a reunião que a geração de conhecimento deve ocorrer de forma coletiva e inter-relacionada através das redes de C&T, e estas devem dialogar e ter mais sinergia com as empresas, buscando assim, ter mais avanços no campo da inovação. Pontuou-se também a necessidade de uma cooperação intensa e abrangente no que tange a busca pelo desenvolvimento sustentável.
O CNPq comprometeu-se a continuar com os apoios vigentes em parceria com a Unesco, e também de tentar ampliar os instrumentos de financiamento para promover cada vez mais as atividades de pesquisa, desenvolvimento, inovação e formação de recursos humanos. Com toda esta articulação o país deverá ter melhores resultados tanto no campo científico-tecnológico quanto social.
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