- Sex, 26 Set 2014 10:12:00 -0300
Pesquisa melhora qualidade de vida de portadores de Bronquite Crônica e Enfisema
Estima-se que 12% da população brasileira com mais de 40 anos seja portadora de bronquite crônica e enfisema pulmonar, ou seja, cerca de cinco milhões de pessoas. Foi pensando nesses números que o pesquisador Guilherme Augusto Freitas Fregonezi, do Laboratorio de Desempenho PneumoCardioVascular & Músculos Respiratórios da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, desenvolveu pesquisa sobre tratamento de Reabilitação Pulmonar em pacientes portadores dessas doenças. A pesquisa, denominada Implementação, custos e benefícios de um programa de atividade física para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPDOC): aplicação nos Centros de Atenção Primaria do Sistema Único de Saúde (SUS), contou com apoio financeiro do CNPq.
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, termo criado pela medicina para englobar diagnósticos de Bronquite Crônica e Enfisema, é uma enfermidade que diminui a capacidade respiratória, devido a destruiçao do parenquima pulmonar. É considerada a quinta maior causa de mortes no Brasil e a quarta no mundo. Atinge geralmente as pessoas que fumam há mais de 20 a 30 anos, e os sintomas começam a se manifestar a partir dos 40 anos de idade. A tosse crônica (acima de oito semanas) é o primeiro indício, seguida de dispnéia (falta de ar), observada como uma sensação de dificuldade na respiração para realizar atividades diárias, como varrer o quintal e subir escadas, com consequente redução da qualidade de vida.
Segundo o professor Fregonezi, a Reabilitação Pulmonar que propõe é baseada principalmente em exercícios aeróbios. Poucos centros oferecem este tratamento que normalmente exige uma equipe multidisciplinar e tem um custo relativamente elevado. “Nosso estudo demonstrou que é possível oferecer aos pacientes um tratamento de qualidade, que envolve o exercício e que melhora a qualidade de vida dos pacientes dentro do aspecto da atenção primária. Ou seja, com baixo custo e na atenção primária poderia oferecer o tratamento aos pacientes a baixo custo, o que não é oferecido pelo SUS”.
Em seu estudo, o professor Fregonezi avaliou os custos e benefícios de um simples programa de caminhada aeróbica para os pacientes com DPOC. Foi realizado um ensaio clínico cego randomizado controlado com 72 pacientes com diagnóstico de DPOC, dos quais 40 foram incluídos no estudo. Foram avaliadas a função pulmonar, a distância percorrida durante o teste de caminhada de seis minutos, a força respiratória e muscular periférica, saúde relacionada com qualidade de vida, composição corporal e nível de atividades da vida diária, antes e depois de um programa de caminhada de oito semanas. Os custos financeiros foram calculados de acordo com a tabela de preços do SUS.
Considerando os valores atualmente repassados pela tabela do SUS, o resultado mostrou que o custo médio final por paciente foi de R$ 148,75 e nenhum paciente excedeu significativamente este valor.
“A pesquisa demonstrou benefícios clínicos significativos de uma forma custo-eficiente em pacientes com DPOC, e seus resultados deverão ser aplicados nos Centros de Atenção Primaria do SUS”, conclui o professor.
Equipe Popciência
Navegue pelo mapa do Portal
- Geral
- Acesso à Informação
- Institucional
- Organograma
- Competências
- Base Jurídica
- Conselho Deliberativo
- Agenda de autoridades
- Diretoria Executiva
- Comitês de Assessoramento
- Comissão de Integridade
- Quem é quem
- Propriedade Intelectual
- Normas
- Comissão de Ética Pública
- Gestão de Documentos
- História
- Servidores
- Estatísticas e Indicadores
- Horário de atendimento
- Organograma
- Bolsas e Auxílios
- Programas
- Prêmios
- Popularização da Ciência
- Comunicação
- Parcerias
- Estudantes
- Pesquisadores
- Universidades
- Empresas