- Qua, 08 Mai 2013 18:23:00 -0300
Evento debate experiências franco-brasileiras de laboratórios em rede
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) da França realizaram, nesta quarta-feira (8/5), o seminário com tema “Experiências Franco-Brasileiras de Laboratórios em Rede”. O evento teve como objetivo debater a cooperação em rede já implementada entre as duas nações nas áreas científica e tecnológica e apresentar casos de projetos bem sucedidos que sirvam para nortear futuras ações conjuntas.O coordenador geral de Cooperação Internacional do CNPq, Marcos Formiga, abriu o evento destacando o caráter prioritário da iniciativa. “Este seminário é realizado em um momento oportuno, pois estamos a menos de dois meses do evento destinado a avaliação dos INCTs e como muitos já trabalham em rede de forma integrada com institutos estrangeiros e alguns com parceiros convidados para este evento, teremos a oportunidade de otimizar o processo de avaliação da cooperação dentro desta perspectiva”.
Ao citar dado da Unesco que indica a participação de três milhões de estudantes em práticas de intercâmbio, Formiga destacou que a internacionalização na geração do conhecimento é uma tendência mundial. “Apesar da resistência de parte da comunidade científica brasileira com o Ciência sem Fronteiras (CsF), o programa está sendo muito bem sucedido. Mesmo que haja críticas por conta da ‘exportação’ de talentos por determinado período, o país precisa qualificar sua mão de obra e evitar a fuga de ‘cérebros’” disse o coordenador.
O diretor Geral para Ciência do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) da França, Bernard Dreyfus, destacou em sua apresentação a parceria com o Brasil e os projetos conjuntos em andamento. “Tenho a honra de voltar após 2011, quando foi decidido pela ampliação da nossa cooperação. Ela é histórica devido ao alto nível da colaboração já estabelecida na temática escolhida, o que inclui a ajuda a outras regiões como a África”, disse Dreyfus, lembrando do Programa Tripartite, lançado durante a Rio+20, que prevê o auxílio de institutos do Brasil, França e África do Sul no combate a desertificação em países africanos.
Segundo Dreyfus, a França está apoiando o Programa Ciência sem Fronteiras e pretende impulsionar projetos que envolvam pesquisadores brasileiros. “Devemos estender esta importante iniciativa de expansão brasileira para os projetos em rede. Nossos parceiros europeus acreditam que existe uma excelente oportunidade de potencializar essa integração dos laboratórios espalhados pelo nosso continente, América do Sul, África e Ásia com os INCTs”.
O representante da Embaixada da França no Brasil, Jean-Paul Rebaud, apresentou números que ilustram a importância da cooperação científica e tecnológica entre os dois países. A França é a segunda parceria mais ativa do Brasil, organizando em média cerca de mil missões todos os anos em território brasileiro, além da permanente presença do IRD no país. “Graças a esses dados podemos confirmar a intenção francesa de continuar ampliando a colaboração”, disse. “Estamos acabando a negociação com o CNPq e a Capes para receber alunos de doutorado pelo CsF. Certamente iremos ampliar nossa participação no programa”, completou Rebaud.
INCT– A coordenadora geral de Cooperação Nacional do CNPq, Ana Paula Côrrea, informou que existe em andamento um processo de integração das ações da cooperação nacional e internacional do CNPq. “O INCT é um programa nacional com inserção internacional. Devido à complexidade, nesta primeira fase não houve indução para a internacionalização, o que não quer dizer que em uma próxima etapa isso possa fazer parte desta iniciativa”, salientou. “Nesse momento estamos avaliando quais os rumos deste programa”, afirmou.
Segundo Ana Paula, na primeira fase cerca de R$ 900 milhões foram investidos nos INCTs. “Tudo que há de melhor no CNPq foi oferecido para este programa, pois queríamos proporcionar um crescimento significativo da produção do conhecimento no país de forma qualificada”.
Uma avaliação conjunta entre CNPq e IRD foi proposta com o objetivo de verificar se os projetos franco-brasileiros estão tendo o alcance desejado. De imediato, o IRD foi convidado a compor o grupo de observadores internacionais que fará parte do próximo Seminário de Avaliação dos INCTs, que ocorrerá entre os dias 03 e 05 de julho deste ano. A ampliação e otimização dos projetos também devem integrar a pauta de discussão dos dois órgãos.
Universidades– O vice-reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Sidney Matos de Mello, avalia que a parceria com o IRD é uma das principais já estabelecidas em alto nível pela instituição nos últimos anos. “A nossa rede na área de Palioclima funciona hoje próximo ao que é a composição de um INCT. Continuaremos comprometidos com o CNPq e o IRD colaborando para que ela seja cada vez mais forte”.
Já o Diretor do Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade de Brasília (UNB), Cristiano Barros de Melo, sinalizou que o movimento de internacionalização estabelecido pelo Governo Federal com o Programa Ciência sem Fronteiras também colabora para o crescimento das próprias instituições de ensino brasileiras. “Nós da UNB discordamos das críticas ao programa, pois precisamos internacionalizar e crescer cada vez mais”, declarou.
Coordenação de Comunicação Social
Navegue pelo mapa do Portal
- Geral
- Acesso à Informação
- Institucional
- Organograma
- Competências
- Base Jurídica
- Conselho Deliberativo
- Agenda de autoridades
- Diretoria Executiva
- Comitês de Assessoramento
- Comissão de Integridade
- Quem é quem
- Propriedade Intelectual
- Normas
- Comissão de Ética Pública
- Gestão de Documentos
- História
- Servidores
- Estatísticas e Indicadores
- Horário de atendimento
- Organograma
- Bolsas e Auxílios
- Programas
- Prêmios
- Popularização da Ciência
- Comunicação
- Parcerias
- Estudantes
- Pesquisadores
- Universidades
- Empresas