- Ter, 11 Jun 2013 15:02:00 -0300
Brasília supera Londres no número de embaixadas dos países africanos
O coordenador geral de Cooperação Internacional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Marcos Formiga, anunciou para os participantes do Painel Internacional da África, realizado nesta terça-feira (11), que Brasília é a capital nacional que possui mais embaixadas dos países africanos no mundo. “Brasília superou Londres, na Inglaterra, em 2012, e é o lugar com o maior número de representações diplomáticas africanas. Isso demonstra o grau de comprometimento e o avanço das relações do país com este continente”.
O evento direcionado para profissionais de instituições públicas e organismos internacionais, que atuam na área da cooperação internacional, dirigentes que trabalham com ciência, tecnologia e inovação, e profissionais e alunos interessados, é organizado pelaCoordenação-Geral de Cooperação Internacional (CGCIN) do CNPq. O tema é voltado para os “Desafios e oportunidades da Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)” entre o Brasil e os países africanos e tem como objetivo intensificar as relações nesta área.
O coordenador Geral dos Países de Língua Portuguesa na África do Ministériodas Relações Exteriores (MRE), Paulo André de Moraes Lima, complementou a informação do coordenador do CNPq e citou o número exato de embaixadas localizadas em solo brasileiro atualmente. “No total, são 34 países com representação diplomática em Brasília. Devemos considerar que no sentido inverso também ocorreu um avanço. Hoje existem 37 embaixadas do país instaladas em solo africano. Isso impulsiona as relações entre os países”, informou.
Paulo ainda destacou o número de visitas de alto-nível para afirmar que houve um fortalecimento desta cooperação internacional nos últimos anos. “Cerca de 35 visitas foram efetuadas pelo governo brasileiro em 23 países da África, nos últimos seis ou sete anos. Já o Brasil, recebeu cerca de 50 visitas de presidentes africanos, de 28 países”, observou Paulo. “Desta interação, o país estabeleceu projetos de cooperação técnica com 43 nações da África, onde os principais temas envolvidos foram agricultura, segurança alimentar e políticas sociais”, completou.
Ao final de sua apresentação, Formiga elencou as parcerias já estabelecidas na área de ciência, tecnologia e inovação com os países africanos. Três programas continuam ativos, são eles: Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG), para concessão de bolsas de mestrado e doutorado a africanos; de Bolsas CNPq/MCTI-MZ, para formação de recursos humanos proveniente de Moçambique na área da Pós-Graduação; e CNPq/Twas, para seleção de jovens pesquisadores provenientes de países em desenvolvimento, que cursam parte de sua graduação no Brasil.
Outros dois programas já foram encerrados, são eles: Ciências Sociais-Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Pró-África. Formiga ressaltou que um deles deve ser retomado ao longo deste ano. “Há grande possibilidade deste último ser retomado em 2013. Esta sem dúvida, seria uma ótima iniciativa no âmbito da cooperação internacional. Podemos colaborar muito mais no avanço do desenvolvimento científico e tecnológico africano, que corresponde há 0,7 dos recursos globais destinados ao investimento em pesquisa e desenvolvimento”, disse.
Decano – O Decano dos Embaixadores do Grupo da África no Brasil, o embaixador do Zimbábue, Thomas Sukutai Bvuma, ressaltou a importância do evento durante sua apresentação, na mesa inicial do evento. “Agradecemos ao CNPq pela realização desta iniciativa. Tenho certeza de que este evento impulsionará ainda mais nossas relações, já tão estreitas considerando a proximidade histórico-cultural, nesta importante área do conhecimento e estimulará tanto brasileiros quanto africanos a estabelecerem novas parcerias”.
O diretor do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Antonio Carlos Figueira Galvão, direcionou sua palestra para o equilíbrio de forças no desenvolvimento econômico mundial, ressaltando o papel da China neste contexto e a situação interna brasileira. “Pela primeira vez, o país cresce de forma inclusiva. A falta desta característica foi o fator determinante que impediu a inclusão do Brasil entre os países desenvolvidos anteriormente”, explicou.
Segundo Galvão, uma prerrogativa interna inserida nos últimos anos está sendo decisiva para a mudança deste cenário. “A renda domiciliar cresce acima do Produto Interno Bruto (PIB) hoje substancialmente no país”, disse. “Os números demonstram que este crescimento possibilita um desenvolvimento mais sustentável e qualificado em longo prazo”.O professor da Universidade de Brasília (UNB), José Flávio Saraiva, disse que o avanço econômico na África esta gerando a última grande corrida global capitalista. “O avanço é ainda relativamente positivo. É inexorável que o mundo se voltasse para os países africanos em algum momento, mas ainda há um déficit de conhecimento sobre este continente”, acredita.
Já o representante da Embrapa, Marcio Carvalho Marques, concordou com o diagnóstico estabelecido anteriormente pelo diretor do CGEE, sobre um aspecto central de identificação entre as partes envolvidas no evento. “O principal interesse para os dois lados é a semelhança entre seus biomas. Esta é uma das características que podem propiciar uma ampliação de cooperações”.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Marcelo Gondim - COCOM/CNPq
Navegue pelo mapa do Portal
- Geral
- Acesso à Informação
- Institucional
- Organograma
- Competências
- Base Jurídica
- Conselho Deliberativo
- Agenda de autoridades
- Diretoria Executiva
- Comitês de Assessoramento
- Comissão de Integridade
- Quem é quem
- Propriedade Intelectual
- Normas
- Comissão de Ética Pública
- Gestão de Documentos
- História
- Servidores
- Estatísticas e Indicadores
- Horário de atendimento
- Organograma
- Bolsas e Auxílios
- Programas
- Prêmios
- Popularização da Ciência
- Comunicação
- Parcerias
- Estudantes
- Pesquisadores
- Universidades
- Empresas