- Qua, 17 Jul 2013 09:53:00 -0300
Diretor do CNPq lança Prêmio Jovem Cientista na UnB
O diretor de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Guilherme Sales Melo, participou em julho do lançamento regional do Prêmio Jovem Cientista (PJC), na Universidade de Brasília (UnB). O tema definido para edição 2013 foi "Água: desafios da sociedade". A meta da iniciativa é detalhar a premiação ao seu público alvo visando incentivar a maior participação e esclarecer dúvidas relacionadas às inscrições e projetos.
Em sua apresentação, Guilherme lembrou que o primeiro premiado do Jovem Cientista era estudante da universidade. "O estreante no CNPq foi Henrique Malvar, ex-aluno da UNB. Hoje, ele é o cientista-chefe da Microsoft", informou. "Se serve de estímulo, é o empenho de vocês que determinará o futuro. Uma das funções do prêmio é estimular essa perspectiva no estudante".
Segundo dados apresentados pelo diretor, o Distrito Federal já teve seis ganhadores do Jovem Cientista, sendo quatro da UNB. Ao final da apresentação, Guilherme fez uma explanação sobre os programas de fomento à pesquisa e demais iniciativas do CNPq, com ênfase no Curriculum Lattes. "Recentemente, a organização equivalente ao CNPq na Alemanha veio nos consultar sobre o funcionamento, para construir uma ferramenta semelhante em seu país", comentou.
O Decano de Pesquisa e Pós-Graduação da UNB, Jaime Martins Santana, esteve presente na abertura do evento e lembrou que a universidade já possui um grupo na engenharia civil que estuda problemas relacionados à água. "Queremos chamar a atenção dos alunos da instituição para as necessidades brasileiras. Ainda lembramos do desastre de Caruaru [PE], onde 80 pessoas morreram durante o tratamento de hemodiálise, por conta da qualidade da água. O Brasil é um dos maiores reservatórios naturais do planeta. Precisamos nos envolver e criar alternativas", disse.
Premiado - Um dos contemplados do Prêmio Jovem Cientista na instituição, o professor e ex-aluno Gilberto Lacerda Santos - 1° lugar na categoria Graduado, em 2001 -, compareceu ao evento e deu seu depoimento aos estudantes. "Submeti meu projeto sobre metodologia de engenharia de sistemas, que é utilizado até hoje, logo após voltar de um período de estudos no exterior. Esta premiação foi muito importante, pois angariou frutos no início da carreira", ressaltou. "Até hoje ainda recebo convites por conta do Jovem Cientista", informou Gilberto, que lidera um grupo de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, envolvidos no desenvolvimento de sistemas educativos.
O professor Oscar de Moraes Cordeiro Netto, doutor em Ciências e Técnicas Ambientais, foi convidado para falar sobre os desafios nacionais em relação ao tema. Em sua palestra, Oscar pontuou a situação dos recursos hídricos atualmente. "A América do Sul concentra grande parte da água potável do mundo. Cerca de 12% da água doce utilizável circula no Brasil, o que nos dá uma responsabilidade enorme", disse. "Neste cenário, ainda devemos considerar que a esfera da região norte concentra as bacias do Amazonas e Tocantins/Araguaia. Grande parte da água está localizada onde o número populacional do país é menor. Não é só a quantidade que conta, e sim, a relação da disponibilidade de água por habitante", destacou.
Detalhando o cenário regional, Oscar lembrou que a situação do Distrito Federal não é confortável. "Podemos ter a falsa impressão de que estamos banhados por água, por conta do Lago do Paranoá. O DF é a terceira menor média por habitante do país, atrás apenas de Pernambuco e da Paraíba", informou. "Inclusive, já existe um projeto para captação de água no Lago do Paranoá".
Por último, Oscar ainda lembrou da situação específica de São Paulo. "A poluição limita a utilização da água. São Paulo busca água a mais de 100 km, a um custo altíssimo. Porque não usa água proveniente da chuva ou das enchentes? A qualidade é o que impede", alertou. "Esses exemplos demonstram que temos a necessidade de criar inovações para a reutilização da água no país. A gestão hidrológica é um desafio, devido à extensão e a diversidade do território nacional", concluiu.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Claudia Marins(Atualizado em 01/08/2013)
Navegue pelo mapa do Portal
- Geral
- Acesso à Informação
- Institucional
- Organograma
- Competências
- Base Jurídica
- Conselho Deliberativo
- Agenda de autoridades
- Diretoria Executiva
- Comitês de Assessoramento
- Comissão de Integridade
- Quem é quem
- Propriedade Intelectual
- Normas
- Comissão de Ética Pública
- Gestão de Documentos
- História
- Servidores
- Estatísticas e Indicadores
- Horário de atendimento
- Organograma
- Bolsas e Auxílios
- Programas
- Prêmios
- Popularização da Ciência
- Comunicação
- Parcerias
- Estudantes
- Pesquisadores
- Universidades
- Empresas