- Sex, 23 Ago 2013 10:55:00 -0300
CNPq ampliará sistema de gestão do capital humano
Nesta quinta-feira (22), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realizou o Seminário Gestão de Desempenho e Bem Estar por Competência. A ação está associada ao planejamento estratégico do órgão, que, entre outras ações, prevê a construção de um modelo de gestão institucional, ainda em desenvolvimento.
O presidente do CNPq Glaucius Oliva salientou que é necessário construir uma visão de futuro através da reconfiguração estratégica do órgão, incentivada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). “Com isso, tornamo-nos uma instituição de excelência, o que beneficia toda a comunidade científica brasileira. Vamos olhar para o futuro e buscar um modelo de gestão que contemple tanto o desenvolvimento pessoal quanto o institucional, já que os dois estão atrelados”.
Conforme destacado, o planejamento a partir da redefinição foi crucial para a evolução da instituição. “A construção do futuro se faz de forma conjunta. O orçamento do CNPq duplicou nos últimos três anos e todos que trabalham na instituição tiveram participação neste processo, pois estimulou o acréscimo de aportes”, disse.
Em seguida, ressaltou a importância da iniciativa e do CNPq no cenário científico brasileiro “Se houve alguma evolução na ciência nesses anos, isso se deve às pessoas que trabalharam em órgãos como o CNPq. Este preceito demonstra a importância desta nova iniciativa. Sem contar que ciência e tecnologia estão intrinsecamente associadas ao desenvolvimento do país”, lembrou. “Assim como no redirecionamento dos financiamentos dos projetos nos últimos anos, o que possibilitou avançarmos rumo à internacionalização, haverá uma nova proposta para a gestão”.
Glaucius lembrou que o Modelo de Gestão, a Internacionalização e a Gestão de Pessoal foram viabilizados a partir do novo planejamento, o que também influenciou positivamente no redirecionamento das novas ações institucionais. “É isso o que estamos fazendo aqui, mudando a vida das pessoas. É isso que faz nossa atividade muito especial. Transformando a vida dos brasileiros e brasileiras mudamos o país, pois é isso que essas pessoas fazem em seguida, com as condições fornecidas pelo CNPq”.
Glaucius reforçou a necessidade do órgão ter uma visão de futuro citando uma ação atual. “O CNPq tem implantado a inovação na prática. Recentemente incluiu uma mulher entre os membros da diretoria. Isso era necessário até para demonstrar que estamos atentos às questões igualitárias, o que contribui para a pluralidade da instituição”.
Governança - O Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Marcos Bemquerer, esteve presente no evento e falou sobre a contribuição da governança pessoal no aperfeiçoamento da administração pública. “A gestão do capital humano é importantíssima para o poder público. O maior patrimônio das instituições são as pessoas”, afirmou apontando o legado resultante da iniciativa.
Ele explicou que anualmente, o TCU produz relatórios sobre ações, programas e projetos com indícios de irregularidades, que, posteriormente, são entregues ao Congresso Nacional. “Isso serve para nortear as ações futuras dos órgãos públicos. A ideia é que isso seja segmentado e produzido por área de atuação”. Ele mencionou que existe uma preocupação constante na interação do órgão com a Casa Civil da Presidência da República, visando implementar boas práticas aplicáveis ao Brasil, como na construção das normatizações das ações do governo federal. “O Brasil precisa criar um grande pacto de governança para ajudar a desenvolvê-lo”.
São consideradas pelo TCU como práticas de boa governança, a criação de conselhos de gestão e comitês estratégicos, o planejamento organizacional, a descentralização administrativa, a excelência de pessoal, a gestão de riscos, a publicação de planos e resultados, as avaliações de desempenho individual e institucional, os controles internos e externos e as auditorias internas.
Segundo Bemquerer, 331 órgãos serão avaliados pelo TCU em 2013, no qual o CNPq está incluso. “Com esta avaliação será possível saber como está o órgão e compará-lo com outros”, finalizou.
Planejamento - O Coordenador Geral de Políticas de Desenvolvimento de Pessoas e de Desempenho do MPOG, Ethel Airton Capuano, acredita que existe um vício na administração pública brasileira, a avaliação segmentada. “Isso impede o alcance dos resultados esperados. O exemplo são as funções que ocupo no ministério. Elas estão conectadas. Isso facilita o planejamento e a implantação ações”.
Ethel cita entre os principais objetivos da gestão de desempenho trabalhar temas como mensuração e avaliação, capacidade institucional, incentivos para novas capacitações, avaliação de lacunas de competência, processos implantados, estratégias desenvolvidas, serviços prestados e empenho dos servidores.
Para não criar paradoxos, ele cita que é necessário proporcionar capacidade institucional, um ciclo de gestão, estabelecer critérios de investimentos, priorizar a qualidade e sucessão dos funcionários, identificar e diminuir as situações espúrias, como aproveitar de forma inadequada um funcionário capacitado, e identificar talentos dentro do próprio corpo de funcionários para suprir necessidades. “A meta da instituição deve ser melhorar o desempenho para aumentar o desenvolvimento”, ressalta Ethel.
Entraves - Com relação aos principais paradoxos criados dentro dos órgãos, cita as improdutivas ou limitantes relações entre avaliação de desempenho institucional e desempenho individual parcial, o nível exacerbado de penalizações atrelado a certa punição como o decréscimo do salário do servidor, o controle influenciado por um jogo, onde o chefe e o funcionário combinam ações de avaliação, a desconexão entre desempenho e desenvolvimento, a priorização de políticas programas e ações de governo envolvidas com as demandas de capacitação de balcão.
Outras correlações apontadas foram o papel estratégico assumido por uma pessoa com nível de desenvolvimento inadequado, a necessidade de planejamentos estratégicos estarem relacionada à liderança efêmera na alta gestão, as ações de desenvolvimento serem estabelecidas à revelia dos direcionamentos estratégicos, a Geração Y ser acomodada em ambientes antigos impedindo sua plena contribuição, as excessivas restrições às redes sociais inibindo novas potencialidades e a dificuldade de implantar inovações em conseqüência do risco da ação.
Coordenação de Comunicação Social
Navegue pelo mapa do Portal
- Geral
- Acesso à Informação
- Institucional
- Organograma
- Competências
- Base Jurídica
- Conselho Deliberativo
- Agenda de autoridades
- Diretoria Executiva
- Comitês de Assessoramento
- Comissão de Integridade
- Quem é quem
- Propriedade Intelectual
- Normas
- Comissão de Ética Pública
- Gestão de Documentos
- História
- Servidores
- Estatísticas e Indicadores
- Horário de atendimento
- Organograma
- Bolsas e Auxílios
- Programas
- Prêmios
- Popularização da Ciência
- Comunicação
- Parcerias
- Estudantes
- Pesquisadores
- Universidades
- Empresas