- Seg, 06 Jan 2014 14:34:00 -0200
INCT investe na computação científica para contribuir com a medicina
Ao longo dos anos, desde que a medicina possibilitou a contribuição científica a partir da atuação de William Harvey, entre 1578-1656, onde os princípios físicos empregados demonstraram a necessidade da existência dos capilares, 45 anos antes de serem descobertos por Marcello Malpighi, em 1661, um vasto conhecimento proporcionado pela comunidade científica mundial, nas diversas áreas da medicina, vem sendo acumulado.
Com a revolução da biologia molecular e o desenvolvimento de equipamentos para aquisição de imagens, cada vez mais precisos e rápidos, desenvolvidos nas últimas décadas entre outros avanços científicos e tecnológicos, este acúmulo de conhecimento alcançou uma curva de crescimento vertiginosa. Este ápice da interação possibilita agora, de maneira inédita, integrar ciência e medicina no campo tecnológico visando à qualificação do entendimento e do funcionamento sobre os diversos sistemas fisiológicos que integram o corpo humano.
“A modelagem e simulação computacional proporcionam uma estrutura capaz de impactar em todas as áreas da medicina, com o conseqüente impacto no bem-estar da população”, acredita o coordenador do Instituto Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Medicina Assistida por Computação Científica (INCT MACC), Raúl Feijóo. “Ainda mais, ela abre as portas para uma medicina prognóstica orientada a pacientes de forma individual e específica, o que representa um novo paradigma na clínica médica moderna”, avalia.
Dois dos pioneiros do desenvolvimento tecnológico ligado diretamente à evolução dos equipamentos destinados aos diagnósticos médicos, foram os contemplados no Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina, no ano de 1979, Cormack e Hounsfield, pesquisadores responsáveis pela construção do primeiro escâner clínico de tomografia computadorizada. “Desde então, a computação científica está ‘embarcada’ no próprio equipamento”, disse Feijóo.
“Entretanto, orientado para o atendimento aos pacientes de forma individualizada, nestas últimas décadas a computação científica tem permitido o planejamento de diversos procedimentos médicos de alta complexidade na área da cardiologia e traumatismo ósseo”, destacou. “Na atualidade, a computação científica permite, antes do procedimento aplicado no paciente, um estudo prévio sobre as conseqüências do futuro implante de um stent em um determinado distrito arterial, além da avaliação do impacto que este implante produziria na hemodinâmica do sistema cardiovascular do paciente, por exemplo”, completou Feijóo.
Para alcançar a meta da plena integração tecnológica e atender objetivamente aos anseios da medicina, Feijóo explica que a computação científica quando aplicada ao desenvolvimento de modelos anatomicamente detalhados, baseados nos fundamentos biofísicos da fisiologia humana, permite integrar todo um vasto conhecimento definindo a relação existente entre as estruturas e sua funcionalidade, em todos os níveis da organização biológica humana.
Movimentos similares estão ocorrendo no exterior, paralelamente. A integração entre a Escola de Medicina de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em julho de 2012, possibilitou a fundação do Instituto de Ciências da Engenharia Médica (IMES), para atuar com missão e áreas semelhantes ao INCT-MACC. Da mesma forma, através da integração entre a Escola e Universidade de Engenharia Johns Hopkins e a Escola de Medicina Johns Hopkins foi criado o Instituto de Medicina Computacional (ICM) para atuar no mesmo tipo de proposta.
“Isso demonstra a importância que os países desenvolvidos dão ao emprego da modelagem computacional na medicina, tema de longa data levantado pelo HeMoLab/Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e reconhecido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) com a criação do INCT-MACC, em novembro de 2008, pelo Programa INCT”.
INCT– O MACC coordena uma rede cooperativa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e formação de recursos humanos (FRH) constituída por 25 Laboratórios Associados, com sede em 11 estados do Brasil, e 10 Laboratórios Colaboradores, com sede no exterior, todos focados nos temas: Modelagem e simulação computacional de Sistemas Fisiológicos Humanos (cardiovascular e ósseo); Processamento avançado de imagens médicas e visualização científica; Ambientes virtuais colaborativos de realidade virtual, aumentada e telemanipulação para treinamento, formação de recursos humanos e planejamento cirúrgico; Sistemas de informação em saúde com aplicações em atendimento médico emergencial e vigilância em saúde pública; e Ciberambientes de computação distribuída de alto desempenho para aplicações médicas dos objetivos acima.
Sua missão é desenvolverP&D em computação científica voltadas para aplicações na medicina, em especial a modelagem e simulação computacional dos sistemas fisiológicos que integram o corpo humano, processamento de imagens médicas, da visualização científica e da realidade virtual, incluindo o desenvolvimento de aplicativos médicos orientados para a diagnose auxiliada por computador, tratamento, planejamento cirúrgico, treinamento e credenciamento médico.
Entre suas metas estão o emprego das mais modernas técnicas de comunicação e transmissão multimídia, o desenvolvimento e gerenciamento de ambientes computacionais de alto desempenho que atendam às necessidades da medicina assistida, a formação de recursos humanos e a transferência de tecnologias e inovações.
Coordenação de Comunicação Social
Navegue pelo mapa do Portal
- Geral
- Acesso à Informação
- Institucional
- Organograma
- Competências
- Base Jurídica
- Conselho Deliberativo
- Agenda de autoridades
- Diretoria Executiva
- Comitês de Assessoramento
- Comissão de Integridade
- Quem é quem
- Propriedade Intelectual
- Normas
- Comissão de Ética Pública
- Gestão de Documentos
- História
- Servidores
- Estatísticas e Indicadores
- Horário de atendimento
- Organograma
- Bolsas e Auxílios
- Programas
- Prêmios
- Popularização da Ciência
- Comunicação
- Parcerias
- Estudantes
- Pesquisadores
- Universidades
- Empresas