- Sex, 11 Set 2015 15:51:00 -0300
Dia do Cerrado - Mapa da biodiversidade subsidiará as estratégias de conservação e uso sustentável
O desafio de articular a competência regional e nacional para ampliar o conhecimento da biodiversidade brasileira e disseminá-lo de forma planejada e coordenada levou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) a firmarem parceria com a comunidade científica ambiental para formação de redes de pesquisa.
Estas redes de pesquisa são formadas por meio do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBIO), que apóia a Rede Amazônia Oriental e, a partir de 2012, sete redes, como Rede Amazônia Ocidental, Rede Semiárido, Rede Mata Atlântica (duas), Rede Cerrado (duas) e Rede Campos Sulinos, com um total de 42 projetos, e um projeto de pesquisa da Rede Geoma para a Região Amazônica.
Cerrado
Duas redes de pesquisa do PPBio destacam-se no Bioma Cerrado: Rede de Pesquisa Biota do Cerrado e Rede ComCerrado: Geografia da Biodiversidade, Funcionamento e Sustentabilidade.
A Rede de Pesquisa Biota do Cerrado busca ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade do Cerrado e definir estratégias para promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade desse bioma.
Um dos projetos associados desta rede, "Caracterização, diversificação e conservação da herpetofauna do Cerrado", coordenado pelo pesquisador Guarino Colli, da Universidade de Brasília (UnB), já apresenta resultados relevantes, com novas espécies descritas, diversas espécies crípticas (que vivem em grutas e cavernas) reveladas, identificados processos relevantes para a evolução da biota, identificadas lacunas de amostragem e de conservação e revelados impactos do fogo, assim como possíveis estratégias para o seu manejo.
Já a Rede ComCerrado: Geografia da Biodiversidade, Funcionamento e Sustentabilidade no Cerrado reúne oito projetosassociados que contam com recursos financeiros do CNPq por meio do edital PPBio/Geoma - Redes de Pesquisa, Monitoramento e Modelagem em Biodiversidade e Ecossistemas e avaliar e monitorar a biodiversidade e uma série de variáveis climáticas e ambientais no Cerrado.
Os pesquisadores pretendem avaliar a biodiversidade do Cerrado estudando a vegetação herbácea e lenhosa da região, invertebrados terrestres (formigas e abelhas), besouros, espécies de borboletas, mariposas, aranhas, anfíbios e a microbiota, a micorrizas, entre outros.
Participam da Rede os estados deMinas Gerais (UFMG e Biotrópicos/UFVJM-Diamantina), Distrito Federal (UnB), Goiás (UFG), Mato Grosso (UFMT e UNEMAT), Bahia (UFBA) e Maranhão (UEMA e UFMA), cujas pesquisas visam também fortalecer as instituições de ensino e pesquisa em ciências ambientais com atuação no Cerrado, por meio da interação entre grupos consolidados e emergentes.
Ao final das pesquisas, além da ampliação de conhecimentosobre a biodiversidade e estudo de fatores ambientais e socioeconômicos, que determinam o atual estado de conservação do Cerrado com o uso da terra, a comunidade científica e os gestores públicos e privados terão em mãos informações que possibilitem a elaboração de estratégias de conservação e sustentabilidade por meio do estudo de cenários de desenvolvimento do Cerrado brasileiro.
Campos rupestres em foco
Um dos projetos da Rede ComCerrado, "Ecossistemas Extremos do Cerrado: a Biodiversidade e Funcionalidade nos Campos Rupestres", coordenado pelo professor Geraldo Wilson Fernandes (UFMG), tem como objetivo obter informações sobre a biodiversidade e recursos naturais da porção meridional do Cerrado, de forma a embasar futuras estratégias de conservação, restauração e uso sustentável destas áreas.
O local escolhido para a realização desta pesquisa é a Serra do Cipó, localizada em Minas Gerais, região conhecida pela grande biodiversidade, endemismo e representatividade das áreas de campo rupestres do Espinhaço. A Serra do Espinhaço foi reconhecida com Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 2005, devido a sua grande diversidade de recursos naturais e por ser uma das maiores formações de campos ruprestres do Brasil.
A partir de dados espaciais e parâmetros biológicos de algumas espécies vegetais endêmicas deste local (onde o endemismo geral está entre 30 e 40%), foram realizados estudos de modelagem da distribuição destas espécies. Em paralelo, os pesquisadores têm realizado estudos de valoração econômica do serviço de estocagem da diversidade de espécies vegetais e de valoração dos recursos hídricos no campo rupestre, que fazem parte de dissertações de mestrado, para o fornecimento de bases científicas para a utilização sustentável dos recursos vegetais.
Núcleo Cipó
Dentre os resultados alcançados, destacam-se várias espécies novas de organismos coletados, que se encontram em fase de preparação para descrição, incluindo várias espécies de fungos micorrízicos. Também foram registradas novas ocorrências de borboletas, insetos galhadores, entre outros invertebrados.
Com os resultados deste estudo, tem-se o objetivo de implantar o Núcleo Cipó-MG, gerando subsídios científicos para auxiliar na busca de padrões gerais no funcionamento e biodiversidade do Cerrado, com previsão de áreas de distribuição de espécies endêmicas/raras, identificação de áreas prioritárias para conservação de espécies endêmicas, levando, assim, pioneiramente, à implementação de métodos para a valoração dos serviços ambientais e seu uso sustentável.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Navegue pelo mapa do Portal
- Geral
- Acesso à Informação
- Institucional
- Organograma
- Competências
- Base Jurídica
- Conselho Deliberativo
- Agenda de autoridades
- Diretoria Executiva
- Comitês de Assessoramento
- Comissão de Integridade
- Quem é quem
- Propriedade Intelectual
- Normas
- Comissão de Ética Pública
- Gestão de Documentos
- História
- Servidores
- Estatísticas e Indicadores
- Horário de atendimento
- Organograma
- Bolsas e Auxílios
- Programas
- Prêmios
- Popularização da Ciência
- Comunicação
- Parcerias
- Estudantes
- Pesquisadores
- Universidades
- Empresas