- Qua, 11 Jan 2012 16:52:00 -0200
Presidente do CNPq fala sobre o passado e futuro da Ciência brasileira
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Glaucius Oliva, ministrou na tarde de hoje (12/7), a palestra "Os programas de Ciência Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento nacional". O evento realizado no auditório do Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, fez parte das atividades da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), cuja presidente, Helena Nader, coordenou a conferência.
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Glaucius Oliva, ministrou na tarde de hoje (12/7), a palestra "Os programas de Ciência Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento nacional". O evento realizado no auditório do Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, fez parte das atividades da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), cuja presidente, Helena Nader, coordenou a conferência.
Oliva traçou um panorama histórico da Ciência no Brasil, bem como das origens do CNPq, lembrando que a área passou a ser vista como política central de desenvolvimento, a partir dos esforços tecnológicos impulsionados pela segunda guerra mundial. Foram citados os avanços alcançados em várias áreas, como por exemplo, a produção da penicilina em larga escala, o incremento das telecomunicações e, principalmente, o desenvolvimento da tecnologia nuclear, que encerrou o conflito.
Nesse contexto, em 1948, o incremento científico do País estava com séculos de atraso, comparado aos países desenvolvidos. "Havia uma contração brutal, basicamente no Rio e em São Paulo, os cientistas não tinham uma profissão reconhecida. Foi com esse desafio que um grupo, que via em Ciência e Tecnologia o caminho para superar as dificuldades do nosso País, fundou a SBPC", destacou. No ano seguinte a Sociedade, junto com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), já participava ativamente do esforço de concepção e criação do então Conselho Nacional de Pesquisas.
O presidente afirmou que as pesquisas realizadas pelas escolas de agricultura, empresas de exploração de minérios e de extração de petróleo e gás natural, foram fundamentais para que o Brasil chegasse onde está. "Estamos em um País que tem uma economia sólida, menos dependente e endividado internacionalmente. Contudo, é fundamental que aproveitemos esse momento e não nos acomodemos com essa economia do conhecimento natural".
Oliva disse ainda que a balança comercial dos setores de média e alta Tecnologia apresenta um déficit crescente, nos últimos 10 anos, o quê exige uma mudança de atitude na forma de fazer Ciência. "Existe um aprofundamento da nossa dependência pela importação de produtos de tecnologia. A nova economia é a economia do conhecimento. Se vamos fazer essa transição, não precisamos cometer os mesmos erros das nações desenvolvidas. Podemos fazê-lo com sustentabilidade e baixo impacto de carbono".
Ele lembrou também que o Brasil investe e produz Ciência, o que falta para mudar esse quadro é a Inovação, que deve ocorrer principalmente nas empresas privadas. "Nesse momento e nesse contexto, a presidenta Dilma criou esse projeto especial, o programa Ciência sem Fronteiras para a mobilidade internacional em Ciência, Tecnologia e Inovação. Essa iniciativa vai expor os jovens a um ambiente que já superou os desafios que precisamos superar e esses jovens se integrarão na indústria e transmitirão o conhecimento", concluiu. O programa será lançado ainda esse mês e prevê a concessão de 75 mil bolsas, para que os melhores alunos estudem nas melhores instituições de ensino superior do mundo.
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