- Qua, 11 Jan 2012 18:03:00 -0200
Estudantes premiados pelo CNPq apresentam trabalhos em Congresso de Iniciação Científica da UnB
Para muitos alunos, o 17º Congresso de Iniciação Científica da Universidade de Brasília (UnB), que se realiza de 12 a 15 deste mês, representa a primeira tribuna de suas carreiras como pesquisadores. Ou um palco, já que neste ano o evento trabalha a dimensão artística da ciência. "Produzir ciência não significa seguir religiosamente uma prescrição prévia, mas inclui uma dimensão da arte na construção de soluções originais", afirma o professor Mário César Ferreira, diretor da Coordenação do Programa de Iniciação Científica (ProIC).Para muitos alunos, o 17º Congresso de Iniciação Científica da Universidade de Brasília (UnB), que se realiza de 12 a 15 deste mês, representa a primeira tribuna de suas carreiras como pesquisadores. Ou um palco, já que neste ano o evento trabalha a dimensão artística da ciência. "Produzir ciência não significa seguir religiosamente uma prescrição prévia, mas inclui uma dimensão da arte na construção de soluções originais", afirma o professor Mário César Ferreira, diretor da Coordenação do Programa de Iniciação Científica (ProIC).
Na abertura do evento, os estudantes vencedores do 8º Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica de 2010 do CNPq estarão na universidade para explicar como essa dimensão acompanhou a produção dos seus trabalhos.
Pedro Henrique Witchs, aluno da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Univale), no Rio Grande do Sul, venceu o concurso na área de Ciências Humanas, mas seu trabalho ultrapassa barreiras, propondo um diálogo com as ciências exatas. O estudante de Licenciatura em Ciências Biológicas investigou as dificuldades que professores de Biologia tiveram quando precisaram ensinar para surdos. "Eu mesmo já tive essa experiência quando estagiei em uma escola para surdos", conta. Na pesquisa, ele partiu da ideia que a língua de sinais é um idioma próprio, e não apenas uma linguagem. "Mesmo a comunicação entre animais pode ser considerada linguagem, mas uma língua inclui também uma gramática e cultura próprias".
Witchs propõe que os professores da disciplina vençam o preconceito e busquem soluções para passar os conceitos da biologia na língua dos surdos. "Identificamos que muitos têm dificuldade de passar os termos e conceitos da ciência para os alunos", conta. "Mas se eles derem chance, os próprios falantes podem criar soluções". Segundo o estudante, uma delas e soletrar a palavra usando os gestos equivalentes às letras do nosso alfabeto. Outra é o uso de adjetivos. "Os esquimós, por exemplo, têm palavras específicas para cada tipo de neve, podemos traduzi-las para o português como "neve densa" ou "neve branca". O mesmo vale para a tradução de termos científicos para a língua dos surdos", explica.
Ricardo Salviano venceu o prêmio na categoria Ciências Exatas e Engenharias. Farmacêutico formado na Universidade Federal dos Vales de Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), ele usou sua criatividade para desenvolver uma forma de aproveitar o farelo de pinhão manso para produzir etanol. "O farelo é o resíduo que sobra da produção de biodiesel a partir da planta. Testei uma técnica que já existia, mas foi a primeira vez que foi aplicada para essa espécie".
Segundo Salviano, a técnica pode ser usada para agregar valor à produção da planta. "O etanol pode ser comercializado ou usado na própria produção do biodiesel, que precisa de álcool em uma de suas etapas", explica. Agora no mestrado, o pesquisador aposta na técnica como mais uma solução sustentável para a produção de combustíveis. "É um assunto da moda e muito importante para a sustentabilidade do país".
Na categoria Ciências da Vida, Jessie Pereira, biólogo formado na Universidade Federal do Rio Grande Sul (UFRGS), desenvolveu um guia de 76 espécies de borboletas frugívoras, que se alimentam de frutas, para a Mata Atlântica do Sul do Brasil. O projeto será uma ferramenta valiosa para pesquisadores que estudam a biodiversidade. "Todos os guias que existem hoje falam apenas de espécies amazônicas e do Norte", diz Pereira. A intenção é que o guia ultrapasse os muros da academia. "As informações vieram de um relatório de pesquisa mais demos um tratamento mais visual no guia para ficar atrativo também para leigos", explica.
DESAFIOS - Para a professora Ligia Pavan, do Departamento de Filosofia da UnB, contribuições como a dos três são uma forma de responder aos anseios da sociedade e aos desafios do novo século. A filósofa vai falar sobre ética e ciência na abertura do evento e comentar os trabalhos dos ganhadores do prêmio. "A pesquisa cientifica é financiada por recursos públicos e deve estar voltada para o bem comum e a melhoria da qualidade de vida da população", afirma. Para Ligia, ela deve dar respostas a questões importantes da atualidade ainda pouco exploradas na academia como drogas, sustentabilidade e direitos humanos.
O 17º Congresso de Iniciação Científica da UnB e 8º do Distrito Federal vai reunir trabalhos de alunos da UnB e das instituições parceiras, Universidade Católica de Brasília e Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Os projetos serão exibidos na forma de pôsteres nos dias 13, 14 e 15. (Com informações da Secretaria de Comunicação da UnB)
Navegue pelo mapa do Portal
- Geral
- Acesso à Informação
- Institucional
- Organograma
- Competências
- Base Jurídica
- Conselho Deliberativo
- Agenda de autoridades
- Diretoria Executiva
- Comitês de Assessoramento
- Comissão de Integridade
- Quem é quem
- Propriedade Intelectual
- Normas
- Comissão de Ética Pública
- Gestão de Documentos
- História
- Servidores
- Estatísticas e Indicadores
- Horário de atendimento
- Organograma
- Bolsas e Auxílios
- Programas
- Prêmios
- Popularização da Ciência
- Comunicação
- Parcerias
- Estudantes
- Pesquisadores
- Universidades
- Empresas