- Qua, 06 Mar 2013 17:06:00 -0300
Número de mulheres cientistas já iguala o de homens
Na semana em que o Brasil comemora o Dia Internacional da Mulher, o Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do CNPq mostra que o número de cientistas do gênero feminino é praticamente o mesmo do gênero masculino. O censo de 2010 indica que estão cadastrados na Base cerca de 128,6 mil pesquisadores, dos quais a metade são mulheres.Na semana em que o Brasil comemora o Dia Internacional da Mulher, o Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do CNPq mostra que o número de cientistas do gênero feminino é praticamente o mesmo do gênero masculino. O censo de 2010 indica que estão cadastrados na Base cerca de 128,6 mil pesquisadores, dos quais a metade são mulheres. Essa realidade já foi diferente: em 1995, por exemplo, de cada 100 pesquisadores apenas 39 eram do sexo feminino.
Distribuição percentual dos pesquisadores segundo o sexo - 1993-2010.
Sexo
1995
1997
2000
2002
2004
2006
2008
2010
Masculino
61
58
56
54
53
52
51
50
Feminino
39
42
44
46
47
48
49
50
Fonte: DGP/CNPq
Contribuíram para a evolução desse percentual a universalização da educação e o avanço da ciência e da tecnologia nos últimos vinte anos. Para as pesquisadoras Hildete Pereira de Melo (UFF) e Lígia Rodrigues (CBPF), as mulheres estão presentes na produção do conhecimento no Brasil e, em certas áreas, como nas ciências humanas e sociais, a presença feminina é inequívoca e sua atuação expressiva. Nas áreas ligadas à saúde cresceu muito o número de mulheres, e há importantes nomes femininos realizando pesquisas de relevância mundial.
Por outro lado, quando a liderança dos grupos de pesquisa é analisada, a participação feminina cai para 45%. Apesar disso, os números indicam uma evolução da presença feminina na realização de pesquisas ao longo dos anos. Se o critério comparativo for apenas por não líderes, o percentual de mulheres supera o de homens, respectivamente 52% contra 48%.
Distribuição dos pesquisadores por sexo segundo a condição de liderança - 1995/2010.1/
Condição de liderança
1995
1997
2000
2002
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Líderes
5.820
3.020
6.572
3.902
9.971
6.485
12.493
8.569
Não-líderes
10.602
7.324
12.974
10.227
17.423
14.767
18.366
17.453
Total
16.422
10.344
19.546
14.129
27.394
21.252
30.859
26.022
Condição de liderança
2004
2006
2008
2010
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
15.431
11.058
16.289
12.420
17.297
13.890
20.452
16.802
Líderes
25.741
25.022
30.469
30.751
35.660
37.111
44.260
47.154
Não-líderes
41.172
36.080
46.758
43.171
52.957
51.001
64.712
63.956
Fonte: DGP/CNPq
Preferências por Gênero - As mulheres têm predominância nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, como ilustra o quadro abaixo, mas as Ciências Exatas são dominadas pelos homens, principalmente as Engenharias. Há um equilíbrio, por sua vez, nas áreas de saúde e agrárias.
Predominância feminina:
Área
Nº de Homens
Nº de Mulheres
Homens (%)
Mulheres (%)
Fonoaudiologia
59
484
11
89
Enfermagem
405
2636
13
87
Serviço Social
263
1158
19
81
Nutrição
227
976
19
81
Educação
4645
9451
33
67
Predominância masculina:
Área
Nº de Homens
Nº de Mulheres
Homens (%)
Mulheres (%)
Engenharia Mecânica
1675
272
86
14
Engenharia Elétrica
2873
420
87
13
Engenharia Naval e Oceânica
55
8
87
13
Engenharia Aeroespacial
143
41
78
22
Física
2809
706
80
20
Sem predominância:
Área
Nº de Homens
Nº de Mulheres
Homens (%)
Mulheres (%)
Medicina
4026
4188
49
51
Fisiologia
498
552
48
52
Biologia Geral
161
139
53
47
Genética
1185
1273
49
51
Demografia
78
82
49
51
Medicina Veterinária
1433
1291
53
47
Para as pesquisadoras Hildete Melo e Lígia Rodrigues, na publicação Pioneiras da Ciência do Brasil, a inclusão das mulheres nas profissões científicas tem se dado em ritmo mais lento do que em outras áreas e há uma tendência das ciências exatas - matemática, física, engenharias - atraírem relativamente poucas mulheres. Isso se explica, de acordo com as pesquisadoras, provavelmente pelas dificuldades em conciliar a vida familiar e a afetiva com a grande dedicação exigida pela prática da ciência, sobretudo considerando-se as atuais exigências de “produtividade” e a enorme competição inerente à atividade.
Assessoria de Comunicação Social do CNPq
Navegue pelo mapa do Portal
- Geral
- Acesso à Informação
- Institucional
- Organograma
- Competências
- Base Jurídica
- Conselho Deliberativo
- Agenda de autoridades
- Diretoria Executiva
- Comitês de Assessoramento
- Comissão de Integridade
- Quem é quem
- Propriedade Intelectual
- Normas
- Comissão de Ética Pública
- Gestão de Documentos
- História
- Servidores
- Estatísticas e Indicadores
- Horário de atendimento
- Organograma
- Bolsas e Auxílios
- Programas
- Prêmios
- Popularização da Ciência
- Comunicação
- Parcerias
- Estudantes
- Pesquisadores
- Universidades
- Empresas