- Qua, 20 Mar 2013 17:35:00 -0300
Brasil e Portugal assinam acordo de cooperação científica e tecnológica
O Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, assinou hoje (20) um acordo de cooperação com o ministro da Educação e Ciência de Portugal, Nuno Crato, e o presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal, Miguel Seabra, para concessão de bolsas de doutorado em Ciências da Vida para os países africanos de língua portuguesa.O Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, assinou hoje (20) um acordo de cooperação com o ministro da Educação e Ciência de Portugal, Nuno Crato, e o presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal, Miguel Seabra, para concessão de bolsas de doutorado em Ciências da Vida para os países africanos de língua portuguesa.
O objetivo da parceria é propiciar a formação de uma nova geração de cientistas africanos e de países que fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com a oportunidade de estudarem e praticarem a ciência avançada, além de melhorar a investigação científica e da educação e usar a ciência e tecnologia como ferramentas para o desenvolvimento. O Programa terá duração de quatro anos e será composto por duas fases. A primeira dura um ano com aulas na cidade de Cabo Verde onde os alunos vão desenvolver a investigação e a tese de doutorado em laboratórios brasileiros e portugueses. A segunda, com duração máxima de 48 meses, será condicionada à aprovação do aluno na fase anterior. O início do projeto está previsto para janeiro de 2014.
Para o presidente do CNPq, os dois países têm uma trajetória histórica comum que passa pelo avanço significativo da ciência e incorporação do conhecimento. “Antes o Brasil tinha sua população toda quase concentrada na zona rural e não tinha autonomia alimentar. Hoje nós somos um dos maiores importadores de alimentos. E isso tudo foi conquistado graças aos investimentos em tecnologia”. Glaucius ainda destaca que essa parceria oferece oportunidades de renda e emprego que só são capazes com economias competitivas e com investimentos em ciência, tecnologia e inovação. “Criar uma situação solidária e igualitária aos países africanos de língua portuguesa é a intenção deste acordo. Estamos avançando para estender a Plataforma Lattes para estes países como um instrumento de reconhecimento e apoio a parcerias com os cientistas da região”, ressalta o presidente.
Segundo o ministro de Portugal, os dois países têm em comum um desenvolvimento científico impressionante ao longo dos últimos tempos. “Olhamos para o Brasil com um país da ciência em ascensão. É claro que existem nações mais desenvolvidas, mas nos destacamos no crescimento acelerado do desenvolvimento cientifico e tecnológico”. O ministro ainda ressalta que quando há cooperação, o benefício é mútuo. “O espaço com o Brasil nos interessa muito. Estamos empenhados em criar uma estrutura institucional de longo prazo entre os dois países. O fato de falarmos a mesma língua também é um facilitador para o fortalecimento destas parcerias”, enfatiza.
O presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal, Miguel Seabra, também enfatizou a importância das propostas de parcerias entre os dois países serem mais ambiciosas. “Acho que os dois países podem ser mais ousados em suas ideias, já alcançamos uma maturidade que nos permite ir mais além na nossa atuação bilateral”.
Ao final de sua apresentação, o ministro de Portugal citou várias propostas ao longo deste ano de cooperação com o Brasil. Uma delas é o desenvolvimento de uma Conferência entre cientistas e tecnólogos prevista para o mês de julho. Parcerias em áreas estratégicas como biotecnologia, energia renovável, nanotecnologia, entre outras, e reforçar os programas de pós-graduação do Ciência sem Fronteiras também foram ideias destacadas no encontro.
O encontro faz parte de uma visita oficial de três dias ao Brasil do ministro e sua delegação portuguesa composta por 13 instituições, entidades e empresas, com o intuito de reforçar laços de cooperação científica e tecnológica com parceiros. A comitiva já visitou o Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas e agora Brasília.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Foto: Claudia Marins
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