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Leyla Beatriz Perrone-Moisés (1934 - )Crítica literária
Leyla Beatriz Perrone-Moisés nasceu em 22 de novembro de 1934, na cidade de São Paulo, filha de Humberto Perrone e Maria Luiza Leite Perrone. Seu interesse pela leitura começou muito cedo, motivado, em especial, pelos livros infantis de Monteiro Lobato. Essa paixão a encaminhou para a Crítica Literária, surgida em decorrência do gosto pela Literatura e do desejo de partilhar esse gosto com outros leitores.Leyla Beatriz Perrone-Moisés nasceu em 22 de novembro de 1934, na cidade de São Paulo, filha de Humberto Perrone e Maria Luiza Leite Perrone. Seu interesse pela leitura começou muito cedo, motivado, em especial, pelos livros infantis de Monteiro Lobato. Essa paixão a encaminhou para a Crítica Literária, surgida em decorrência do gosto pela Literatura e do desejo de partilhar esse gosto com outros leitores. Cursou sua graduação em Letras Neolatinas, na USP, onde também concluiu o seu Doutorado e aLivre-Docência.
Segundo a pesquisadora, o seu primeiro interesse profissional não foi a literatura e, sim, a pintura. Fez vários cursos de artes plásticas e expôs seus trabalhos em duas bienais. Fez o curso de Letras porque seus pais, naquela época, achavam que a arte plástica não era profissão.
Após concluir sua graduação em Letras, em 1957, imediatamente publicou resenhas de literatura francesa no Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo. O livro O Novo Romance Francês, publicado em 1966, reuniu artigos produzidos nessa época. Em 1971, concluiu doutorado sobre o poeta uruguaio Lautréamont, que resultou no livro A Falência da Crítica (1973). Dois anos depois, defendeu tese de livre-docência, transformada na obra Texto, Crítica e Escritura. Entre 1972 e 1975, viveu em Paris, onde teve a oportunidade de aprofundar os estudos sobre os críticos-escritores e de conviver com intelectuais como Roland Barthes, Tzvetan Todorov, Philippe Sollers e Julia Kristeva.
Quanto mais ela escrevia, mais se interessava por literatura. A crítica, então, tornou-se seu maior interesse, não só a prática da crítica, mas pensar a crítica literária. Conforme comenta Leyla Perrone-Moisés, a crítica literária é uma atividade secundária e não muito simpática à primeira vista. Ela é secundária porque depende das obras e pode ser, talvez nem sempre, uma atividade muito generosa. Um bom crítico nada mais é do que alguém que leu muito, continua sendo um grande leitor e tem uma paixão pela literatura. Paixão tão grande quanto a dos criadores literários. O trabalho dos críticos não apenas prolonga o efeito da obra literária, como partilha com outros leitores o seu gosto pela literatura.
Para Leyla Perrone-Moisés, alguns podem perguntar: "Literatura, poesia, pra que servem?". Ela responde que "servem para dar qualidade na vida, para autoconhecimento, para conhecimento do outro, reconhecimento do outro, imaginar outras vidas e tem até uma função utópica e política que, na medida em que você é capaz de imaginar outras vidas, você pode imaginar outro futuro para a humanidade. Você acha que há um determinismo da história, que é assim mesmo e não tem jeito e acabou. É esse o caminho e não há outro. A literatura oferece a possibilidade de ver que há mil vidas possíveis, até umas que parecem totalmente fantásticas".
No Brasil, a professora Leyla Perrone-Moisés lecionou em várias universidades paulistas. Desde 1988, coordena o Núcleo de Pesquisa Brasil-França, do Instituto de Estudos Avançados da USP. É, desde 1996, Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas dessa universidade. No Exterior, deu aulas na Universidade de Montreal, na Yale University, na Sorbonne e na École Pratique des Hautes Études. Tem atuado na área de Letras, principalmente nos temas: poesia, literatura, crítica e modernidade.
Apesar de ter se aposentado em 10 de dezembro de 1987, continua atuando no ensino e na pesquisa. Nos últimos anos, publicou obras importantes, como o livro Cinco séculos de presença francesa no Brasil, de 2013. Desde 1994, é bolsista de Produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ¿ CNPq. Atualmente, como bolsista PQ nível 1-A, desenvolve sua pesquisa nas áreas de modernidade e pós-modernidade.
A professora e crítica literária Leyla Perrone-Moisés escreveu 87 artigos, 29 livros, 65 capítulos de livros e centenas de textos para jornais e revistas. Foi merecedora de diversos prêmios, entre os quais o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, o Alejandro José Cabassa, da União Brasileira de Escritores, e o Officier de L'Ordre des Palmes Académiques, do Ministério da Educação do Governo Francês. Em 2013, foi a contemplada na categoria "Vida e Obra" com Prêmio Fundação Bunge, por sua trajetória de pesquisa em literatura brasileira, francesa e portuguesa.
Fontes:
Currículo Lattes:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727141J8
Leyla Perrone-Moisés. In: Prêmio Fundação Bunge 2013. Disponível em:
http://www.fundacaobunge.org.br/projetos/premio-fundacao-bunge/premio-2013/contemplado/leyla-perrone-moises.php. Acesso em 28/03/2014.
Leyla Perrone-Moisés . In: Departamento de letras Modernas. Disponível em:
http://dlm.fflch.usp.br/node/228. Acesso em: 28/03/2014.
Prêmio Fundação Bunge 2013 - Leyla Perrone-Moisés. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=J8s0rZ7iK4Q. Acesso em 28/02/2014.
Autoria do verbete:
Kellen Millene Camargos é Doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Analista em Ciência e Tecnologia do CNPq.
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