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MARTA VANNUCCI (1921 - )Bióloga
Nasceu em Florença, Itália, em 1921. Emigrou para o Brasil em 1930, fugindo do fascismo. Seu pai era médico-cirurgião, livre-docente das universidades de Padova e de Florença e antifascista militante.Nasceu em Florença, Itália, em 1921. Emigrou para o Brasil em 1930, fugindo do fascismo. Seu pai era médico-cirurgião, livre-docente das universidades de Padova e de Florença e antifascista militante.
No Brasil, Marta cursou história natural na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP) e, aos 25 anos, defendeu a sua tese de doutorado, sob a orientação do professor Ernest Marcus, zoólogo de renome internacional. Após a defesa da tese, foi trabalhar como assistente do prof. Marcus na cadeira de zoologia da mesma escola.
Quando o Instituto Paulista de Oceanografia estava em formação, sob a direção do professor Besnard, Marta foi convidada para fazer parte da equipe de pesquisadores do instituto, que foi integrado à USP com o nome de Instituto Oceanográfico. Como a instituição não dispunha de um barco grande para pesquisas em alto mar, o professor Besnard concentrou as pesquisas nos mangues da região lagunar de Cananéia, no estado de São Paulo, o que ofereceu a Marta a oportunidade para se especializar no eco-sistema dos mangues.
Esteve na direção do Instituto Oceanográfico da USP nos anos 60, negociou e acompanhou a construção do navio de pesquisas Professor Wladimir Besnard, que ainda hoje faz expedições aos mares antárticos. Durante o tempo em que esteve nesse instituto dedicou-se ao estudo do plâncton; posteriormente, em 1969, foi trabalhar pela Unesco, em Cochin, no Instituto Oceanográfico da Índia, onde permaneceu até 1971, sempre estudando plâncton. De 1972 a 1974 dirigiu um laboratório no México, retornando para a Índia para dirigir um projeto de estudo de manguezais. Tornou-se, assim, uma dos mais renomados pesquisadores de ecossistemas de manguezais do mundo. Marta publicou mais de cem trabalhos científicos. É aposentada como professora da USP e como Sênior Expert in Marines Science da UNESCO. É Honorary Advisor do ISME (International Society of Mangrove Ecosystems) de Okinava no Japão.
Casou-se duas vezes e teve dois filhos. Em entrevista recente, Marta afirmou que foi difícil para ela conciliar a vida de esposa e mãe com a de cientista, e que não teria conseguido fazê-lo sem a permanente compreensão e ajuda de seus sogros do segundo matrimônio. Patrocina desde 1988, em parceria Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), um prêmio como tributo a memória do seu filho Érico Vannucci Mendes. Este prêmio tem como objetivo distinguir estudos e pesquisas sobre a cultura brasileira e a preservação da memória nacional, especialmente as tradições populares e os traços culturais das minorias étnicas e sociais.
Fonte: Marta Vanucci. Depoimento.(concedido a Luiz Drude de Lacerda e Cilene Vieira – Ciência Hoje – , publicada em agosto de 1993). Pesquisa no site google em 24 de janeiro de 2006. Elaborado por Hildete Pereira de Melo e Ligia M.C.S.Rodrigues.
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