Bolsista de doutorado encontra maior árvore tropical do mundo
- Seg, 09 Nov 2015 14:49:00 -0200
Bolsista de doutorado encontra maior árvore tropical do mundo
Matheus Nunes faz doutorado no Departamento de Plant Sciences da Universidade de Cambridge, Reino Unido, com bolsa do CNPq. O grupo de pesquisa ao qual o estudante está integrado realiza pesquisas para conhecer como as mudanças climáticas globais afetam e como afetarão as florestas do planeta.Grande proximidade entre as duas árvores pode contribuir para responder à questão de como fatores ambientais e ou genéticos influenciam no crescimento em altura das árvores
Matheus Nunes faz doutorado no Departamento de Plant Sciences da Universidade de Cambridge, Reino Unido, com bolsa do CNPq. O grupo de pesquisa ao qual o estudante está integrado realiza pesquisas para conhecer como as mudanças climáticas globais afetam e como afetarão as florestas do planeta.
As pesquisas realizadas por Matheus para seu projeto de doutorado estão sendo levantadas em diversas florestas na ilha de Borneo, na Malásia. O orientador do bolsista, David Coomes, da Universidade de Cambridge, já havia percebido a possibilidade da existência de árvores muito altas em lugares com nenhum histórico de intervenção humana, utilizando um sensoriamento remoto aerotransportado denominado Lidar.
A partir desta informação, o bolsista e Alex Shuttleworth, um estudante de geografia também da Universidade de Cambridge, partiram para buscar as árvores em um dos locais do seu estudo, a área de conservação Maliau Basin, levando um hipsômetro, instrumento para determinar a altura das árvores.
“Não só encontramos como também validamos duas árvores vizinhas, do gênero Shorea, cujo nome popular é Dipterocarpo. Elas batem em 2 metros e 30cm o recorde mundial encontrado em 2007 de árvores tropicais mais altas do mundo, identificado por americanos em Tawau Hills Park, no estado de Sabah, na Malásia. A mais alta mede 90.6 m e a segunda 89.5 m”, comemora Matheus.
Para Matheus Nunes, um fato interessante é a grande proximidade entre as duas árvores, o que pode contribuir para responder à questão de como fatores ambientais e ou genéticos influenciam no crescimento em altura das árvores. “Descobrir o ser vivo mais alto do mundo tropical significa construir um interesse público, entusiasmo e apreciação pelas árvores. Maliau Basin é considerada uma área de extrema importância para a conservação da biodiversidade do planeta e levantá-la ao status de floresta tropical mais alta do mundo a partir da descoberta destas duas árvores implicará em mais recursos e maior valorização de toda a região”, reflete o bolsista do CNPq.
Doutorado
Os estudos realizados por Matheus, iniciados neste ano na Universidade de Cambridge, estão envolvendo o uso da tecnologia Lidar (o sensoriamento remoto aerotransportado) para escanear florestas da ilha de Borneo e conhecer como ocorre a variação do estoque de carbono sob diversas fontes de mudanças, como distúrbio, variações no solo, topográficas e variações climáticas.
Matheus Nunes espera entender quais fatores de mudanças globais afetam as emissões de carbono das florestas para a atmosfera e quais fatores são importantes para que o sequestro de carbono seja mais eficiente em florestas tropicais.
“Estamos usando vôos com este sensor Lidar em conjunto com espectrômetros para determinar a composição química a partir da reflectância das copas das árvores nas mesmas florestas tropicais. Conhecer a composição química detalhada em grandes escalas nos permitirá relacionar a diversidade das espécies com características ambientais, buscando entender como mudanças globais afetam a biodiversidade, e como estas mesmas espécies reagem para evoluir dentro de um contexto de muitas mudanças” informa o jovem bolsista que espera ainda que uso do sensoriamento possa identificar as espécies em florestas de alta diversidade a partir da composição química das árvores mais altas da floresta, resultado que aumentaria a eficiência na identificação de espécies e determinação da diversidade.
Detalhes sobre as coordenadas do local das árvores mais altas do mundo serão informados em uma publicação especializada em artigo conjunto com o orientador de Matheus no início do próximo ano.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Arquivo Pessoal
Outras Notícias
- Qua, 12 Nov 2014 11:28:00 -0200
Estudo ressalta estereótipo da mulher cientista na midia
Nas reportagens de assuntos ligados à ciência e tecnologia, a cobertura do Jornal Nacional, maior telejornal brasileiro da Rede Globo, ressalta os aspectos de novidade e da epopéia do progresso e temas de medicina e saúde. Durante um ano, um grupo de pesquisadores brasileiros analisaram as matérias com foco na construção televisiva de representações e narrativas sobre o funcionamento e o papel da C&T na sociedade e a figura do cientista.
De acordo com o estudo, “a face de cientista apresentada pelo telejornal é preponderantemente masculina, sugerindo um papel estereotipado do homem e da mulher cientistas: enquanto os homens saem para literalmente explorar outros mundos, as mulheres cuidam da saúde e do corpo”.
Guerra, ansiedade, otimismo e triunfo: um estudo sobre a ciência no principal telejornal brasileiro (War, anxiety, optimism and triumph: a study on science in the main Brazilian TV news), conduzido pelos pesquisadores Luisa Massarani, Marina RamalhoeYurj Castelfranchi,foi publicadoJournal of Science Communication, na edição de 22 de setembro deste ano.
Este estudo teve apoio do Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e se encontra vinculado à Rede Ibero-Americana de Monitoramento e Capacitação em Jornalismo Científico, criada em 2009.
Leia o artigo aqui: http://jcom.sissa.it/archive/13/03/JCOM_1303_2014_A01/
Equipe Popularização da Ciência do CNPq
- Ter, 11 Nov 2014 14:13:00 -0200
Produtores têm acesso à nova tecnologia para processamento pós-colheita do guaraná
Nativo do Amazonas, o guaraná já ganhou o mundo e, sob o olhar curioso da pesquisa agropecuária, vem gradativamente incorporando novos conhecimentos ao seu sistema de cultivo. A novidade agora é o despolpamento dos frutos/sementes sem ser necessária a fermentação, por meio de um maquinário adaptado e ajustado para a cultura do guaraná. Essa e outras informações vão ser apresentadas ao público no dia 19 de novembro, na sede da Agropecuária Jayoro Ltda., em Presidente Figueiredo, durante dia de campo intitulado Sistema Mecanizado de Processamento Pós-Colheita de Guaraná: Nova Tecnologia, Novo Processo.
Conforme o pesquisador da Embrapa, Lucio Pereira Santos, o processamento pós-colheita de guaraná é o segmentoda fase produtiva que demanda atenção especial, por ter implicações no rendimento e na qualidade do produto final. “Dada a complexidade das operações de despolpamento, separação das frações cascas/sementes/arilo e também do difícil processo de secagem/torrefação das sementes tornam-se impraticáveis essas tarefas de maneira artesanal, quando se trata de grandes volumes de produção, uma característica dos grandes grupos comerciais no Amazonas”, destacou.
A mesma lógica se aplica ao guaranicultor familiar. Em decorrência das cultivares superiores lançadas pela Embrapa, a produtividade da pequena propriedade cresceu nos últimos anos, o que acabou dificultando sobremaneira a realização do preparo e beneficiamento das sementes com as metodologias tradicionais.
Mas não é só isso. Outros fatores importantes limitam a fase de pós-colheita sem o uso da mecanização adequada, como a necessidade de grandes espaços físicos para fermentação dos frutos, maiores consumos de energia, tempo e mão de obra, além da possibilidade de contaminação microbiológica da massa de grãos, assim como contaminações ambientais, especialmente dos cursos d`água, decorrentes dalavação das sementes. “Todos esses fatores, isolados ou em conjunto, oneram o custo de produção, diminuem a margem de lucro, dificultam a obtenção de qualidade, trazendo também riscos ao meio ambiente”, ressaltou o pesquisador.
O maquinário para despolpamento do guaraná sem a necessidade de fermentação foi desenvolvido por meio de uma tríplice parceria envolvendo as instituições Embrapa, Pinhalense e Jayoro. “Quebra-se, assim, o paradigma secular de que para um beneficiamento efetivo havia a necessidade da fase de fermentação dos frutos/sementes”.
A usina completa para o processamento pós-colheita – constituída peloconjunto de equipamentos:desracemador, despolpador, lavador/separador de cascas/sementes, secador, dentre vários outros acessórios – passou por quatro anos de ajustes e adaptações. A tecnologia foi definida, testada e validada na Agropecuária Jayoro Ltda.. Durante o dia de campo, serão divulgadas diversas informações importantes, como custo final de investimentos para a aquisição, instalação, operacionalização e manutenção, personalizando os dimensionamentos em três categorias: pequena, média e grande propriedade.
Equipe Embrapa Amazônia Ocidental
- Sex, 23 Mai 2014 09:42:00 -0300
Pesquisa apoiada pelo RHAE sobre nanotecnologia ganha destaque internacional
Uma pesquisa brasileira recebeu destaque na imprensa científica internacional após ter um de seus trabalhos abordados pelo portal Nafigate, especializado em pesquisas com nanotecnologia.
A investigação é pioneira e consiste na aplicação de nanofibras em sementes de soja para melhorar a aplicação de fertilizantes nitrogenados. Os resultados foram publicados em um respeitado periódico científico canadense, o Canadian Journal of Microbiology.
O produto, com patente requerida, foi desenvolvido por pesquisadores brasileiros da empresa Tecnano Pesquisa e Serviços Ltda – incubada na Fundação de Ciência e Tecnologia gaúcha, a Cientec – e viabilizado com o apoio do CNPq (por meio do Programa RHAE) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
Técnica pioneira reverte perdas do solo
Os vegetais usam o nitrogênio para processar proteínas importantes ao seu desenvolvimento. No meio ambiente, as bactérias rizóbios são as responsáveis por essa transformação. Porém, a concentração desses organismos no solo diminui devido ao estresse climático.
Para reverter esse problema e poder aproveitar os benefícios dos fertilizantes nitrogenados em maior escala, criou-se uma forma inovadora de preservar as bactérias do solo e induzir sua adesão às sementes, estendendo seus benefícios agrícolas com a nanotecnologia.
“Foram criadas nanofibras para imobilizar o rizóbio, o que resultou em uma alternativa promissora para reduzir os efeitos nocivos do estresse ambiental sobre as bactérias e todo o sistema de fertilização”, afirma o sócio da Tecnano, Cláudio Nunes Pereira.
A equipe é pioneira na adoção da técnica de eletrofiação para a produção nanofibras contendo a bactéria rizóbio. A tecnologia permite que os organismos sejam aplicados em sementes de soja, garantindo assim o processo de fixação do nitrôgênio.
Testes comprovam eficiência
A tecnologia foi testada pelos cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que descobriram um número maior de nódulos nas plântulas de soja a partir de sementes que foram inoculadas com nanofibras contendo rizóbios. Na sua avaliação, após 48 horas de aplicação, notou-se uma diferença observável na concentração de células bacterianas.
Os testes apontam que a técnica de eletrofiação e aplicação de nanofibras em sementes surge como uma prática inovadora que tem um grande campo de exploração na agroindústria.
Equipe Popciência
- Ter, 20 Mai 2014 15:30:00 -0300
Agência de Inovação lança coluna na rádio para popularizar o tema
Foi ao ar pela primeira vez no último dia 16, às 8h30 na emissora educativa Universidade FM (107,9 MHz), a Coluna Tecnologia e Inovação. Produzida pela equipe da Agência de Inovação Tecnológica (Aintec) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a coluna semanal objetiva divulgar e popularizar iniciativas sobre o conhecimento científico, por meio de informações, análises e dicas a respeito de empreendedorismo, propriedade intelectual e transferência de tecnologias inovadoras.
“Estamos trabalhando para ampliar os canais de relacionamentos da Aintec com empresários, pesquisadores e toda a comunidade. E também promovendo iniciativas que sejam capazes de divulgar ações de tecnologia e inovação. Esta nova coluna é uma delas; e foi uma oportunidade ofertada pela Rádio UEL FM que abraçamos e estamos fazendo acontecer”, comenta Edson Miura, diretor da Aintec.
Criadas e produzidas pela equipe de comunicação da própria Agência, as colunas inéditas, com 5 minutos de duração em média, serão gravadas e veiculadas pela rádio da Universidade Estadual de Londrina todas as sextas-feiras às 8h30; com reprises nas quartas-feiras às 21h00. A equipe tem a supervisão da jornalista Tatiana Fiuza, que é coordenadora do Escritório de Transferência de Tecnologia da Aintec, e conta com Laís Rúbio e Luiza Bellotto, estagiárias de comunicação.
A produção da Coluna Tecnologia e Inovação é realizada de forma compartilhada na Agência e recebe o apoio de coordenadores dos escritórios estratégicos, de consultores externos e do gerente da Intuel. “Queremos mostrar a importância sobre o tema tecnologia e inovação, apresentar os benefícios da Aintec para a sociedade e como é possível transformar conhecimento em geração de riquezas para a nossa região”, ressalta Edson Miura.
Aintec
A Agência de Inovação Tecnológica tem como objetivo gerir a política de inovação tecnológica da UEL, identificando, protegendo e transferindo as criações geradas na universidade para a sociedade e o mercado, além de atender suas demandas tecnológicas. Conheça a Agência pelo endereço: www.aintec.com.br.
Rádio UEL
A programação cultural da UEL FM está no ar 24 horas por dia, inclusive nos feriados e fins de semana, e pode ser ouvida também pela internet, no www.uelfm.uel.br .
Equipe Popciência
- Ter, 20 Mai 2014 14:55:00 -0300
"Entropia de Tsallis" é assunto em revista internacional
Foi publicada, na Physics World deste mês (maio), uma matéria sobre o trabalho do físico do CBPF Constantino Tsallis. Por mais de 20 anos, Tsallis, que é Pesquisador Emérito do CBPF e de Produtividade em Pesquisa do CNPq, tem defendido que a chamada entropia de Boltzman-Gibbs não é a mais adequada para descrever determinados sistemas físicos. Se um sistema é constituído por elementos que estão fortemente correlacionados entre si, Tsallis argumenta que uma alternativa deve ser utilizada. A “Entropia de Tsallis" ou "Entropia não aditiva" foi proposta pela primeira vez por ele em 1988, publicação que passou a ser o artigo mais citado escrito por um cientista (ou grupo de cientistas) baseado no Brasil, tendo alcançado, segundo o índice Web of Science, 3.221 citações até abril de 2014.
Certamente, nem todos estão convencidos da proposta de Tsallis. Na parede de seu escritório, Tsallis tem cartazes de ambos, Einstein e Boltzmann. “Qualquer físico sabe que a mecânica clássica só funciona quando as massas não são muito pequenas, e nem muito rápidas", diz Tsallis. “Se são muito pequenas, você tem que usar a mecânica quântica, e se muito rápidas você tem que usar a relatividade. A física estatística é um dos pilares da física contemporânea, e também tem seus limites”. Para ler o artigo completo clique aqui.
Equipe Popularização da Ciência
Navegue pelo mapa do Portal
- Geral
- Acesso à Informação
- Institucional
- Organograma
- Competências
- Base Jurídica
- Conselho Deliberativo
- Agenda de autoridades
- Diretoria Executiva
- Comitês de Assessoramento
- Comissão de Integridade
- Quem é quem
- Propriedade Intelectual
- Normas
- Comissão de Ética Pública
- Gestão de Documentos
- História
- Servidores
- Estatísticas e Indicadores
- Horário de atendimento
- Organograma
- Bolsas e Auxílios
- Programas
- Prêmios
- Popularização da Ciência
- Comunicação
- Parcerias
- Estudantes
- Pesquisadores
- Universidades
- Empresas